Quando
é que acaba este sofrimento? Os cães raivosos da CPLP estão escondidos
debaixo da mesa com medo de quê e de quem? Não se compreende o silêncio
ensurdecedor desses cães. Guiné-Bissau i lubu ku kema costa.
As
famílias que continuam a viver no centro de acomodação de Vandúzi estão
a sobreviver com base em mangas verdes, que tem sido o seu principal
alimento, depois de nos últimos dois meses, segundo relataram, não terem
recebido apoio alimentar do governo, através do Instituto nacional de
Gestão de Calamidades (INGC).
A nossa reportagem, que escalou o local por volta das 12h00 deste domingo, testemunhou cenário de uma família que “lutava” em torno de uma bacia de mangas,
o que nos levou a acreditar que mesmo perante os dias de incerteza, as
pessoas preferem passar fome do que voltar às suas zonas de origem,
devido à instabilidade.
“Estas
mangas fomos tirar ali no mato, nas montanhas. Assim estamos a almoçar.
Não temos comida desde Novembro último. Assim este é almoço e
mata-bicho em simultâneo, aqui não há mesmo comida”, contou Maria Francisco que comia mangas com as suas duas filhas, enquanto outras três estavam no lume para o jantar.
Daniel
José, outro deslocado que vive no referido centro, precisou que desde
que se instalaram naquele local o governo vinha prestando assistência
alimentar, “mas desde Novembro até agora, não trouxeram mais comida. Mas estão a prometer que dentro dos próximos dias teremos comida”.
José
pediu ao governo para olhar para falta de bens alimentares como
prioridade, uma vez que as famílias estão instaladas num local onde
apenas podem contar com apoio das autoridades governamentais.
“Agradecíamos
que o governo fosse oportuno na intervenção sobre alimentos. Veja que
aqui tem muita gente aglomerada e sem outros parentes que vem cá para
poder ajudar”,
disse Daniel José, para quem a assistência às famílias é urgente, antes
que a fome comece a provocar outras situações que podem degradar a
saúde dos que ali vivem.
Além de mangas, as famílias recorrem a biscates nas machambas das populações circunvizinhas, para garantir o seu auto-sustento.
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