Um
grupo de cidadãos guineenses pediu hoje ao Presidente do país, Umaro
Sissoco Embaló, para que vete o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021,
por projetar "um aumento exagerado dos impostos"
Umaro
Bari, porta-voz do grupo, composto essencialmente por quadros de
empresas privadas, que fez circular uma carta aberta aos políticos,
disse hoje à Lusa que por não terem conseguido demover os deputados ao
parlamento sobre a aprovação do OGE “a esperança agora está no Presidente da República”.
“É incrível que o Orçamento foi apresentado e votado num só dia, foi discutido superficialmente e foi aprovado”, disse Umaro Bari, quadro gestor de empresas formado no Brasil, atualmente quadro sénior de um banco comercial em Bissau.
O grupo integrado por Bari pediu a Umaro Sissoco Embaló que vete o OGE de 2021 com o argumento de que “vai encarecer ainda mais a vida dos guineenses”, nomeadamente de pessoas ligadas ao setor privado.
“Houve
um aumento do Imposto Profissional saiu de 12%, o que atualmente
pagamos, para 18%, 20% e até 24%. Houve um aumento até de 100%, isso é
gritante”, declarou Umaro Bari, prevendo a pobreza que provocará no país.
O
coletivo que pediu a intervenção do Presidente guineense destacou que o
impacto dos novos aumentos nos impostos será sentido sobretudo pelos
funcionários fora da função pública por serem aqueles “que auferem
melhores salários”.
“É como se o Estado dissesse, vamos buscar dinheiro no setor privado”, sublinhou Umaro Bari.
Bari
estranhou que o Governo da Guiné-Bissau esteja a projetar crescimento
económico quando todos os países do mundo estão a pensar em programas de
estabilização em 2021, tendo em conta a recessão que afetou 2020.
Umaro
Bari defendeu que o Governo guineense, em vez de aumentar os impostos,
devia era alargar a base tributária, controlar melhor os gastos públicos
e incentivar o setor privado.
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