A Diretora Executiva da União Europeia para África, Rita Laranjinha, afirmou esta segunda-feira, 05 de maio, que as relações de parceria entre os 27 e a Guiné-Bissau tem vindo a desenvolver-se positivamente e a evoluir muito bem, fato que motivou o Banco Europeu de Investimento (BEI) a regressar ao país.
Rita Laranjinha, que falava aos jornalistas à saída do encontro com o Presidente Sissoco Embaló, disse que o regresso do Banco Europeu de Investimento à Guiné-Bissau revela que há sinais de interesse em aprofundar as relações entre o país e a União Europeia.
Rita Laranjinha disse que foi anunciar ao Presidente da República a realização da reunião de diálogo de parceria que não se realizava há vários anos com as autoridades do país e disse que é um dos elementos fortes do regresso dessa instituição financeira europeu.
“Na reunião de diálogo de parceria que vamos manter amanhã vão estar apenas os Estados membros da EU que têm embaixadores residentes em Bissau, mas também vários outros Estados membros acreditados na região e os que estão acreditados a partir de Lisboa, portando vamos ter 11 Estados membros a participar nessa reunião”, anunciou.
Sublinhou, neste particular, que não se trata apenas de uma relação entre a Guiné-Bissau e as instituições da União Europeia, “é uma relação que chamamos uma equipa e Europa, entre as instituições e os Estados membros”.
A Diretora Executiva da União Europeia para África destacou que a UE tem mantido relação muito diversificada com a Guiné-Bissau e outros parceiros, visto que não está centrada apenas nas questões das infraestruturas, como também tem alargado a sua cooperação em vários outros domínios, nomeadamente na saúde, na educação e na atração do investimento estrangeiro.
Lembrou que UE tem insistido que fosse criado um clima de negócios que fosse propício ao investimento estrangeiro e falado sobre as questões de governação, no que concerne à promoção de um sistema de justiça que seja transparente e tenha um bom funcionamento.
“O funcionamento eficaz de um sistema de justiça é fundamental para a atração do investimento estrangeiro para a segurança dos investimentos. A questão da governação está e sempre esteve na agenda da União Europeia e dos seus parceiros de cooperação. Estamos aqui, em Bissau, para ouvir as autoridades e saber quais são as suas perspetivas neste domínio. Há um processo eleitoral que se aproxima, que a UE deverá seguir com toda a atenção”, defendeu.
Questionada pelos jornalistas sobre o que a Guiné-Bissau pode esperar da Nova Parceria Estratégia Europeia no quadro do Global Gateway, que visa promover ligações inteligentes, limpas e seguras nos setores digital, da energia e dos transportes e reforçar os sistemas de saúde, de educação e de investigação em todo o mundo, a Diretora Executiva da União Europeia para África destacou o lançamento das obras de reabilitação da estrada que liga Safim a Impack como um dos exemplos de cooperação com o país, frisando que um dos objetivos é estabelecer pontes com os parceiros dos 27.
“O objetivo é estabelecer ponte e ligações inteligentes, limpas e seguras nos setores digital, da energia e dos transportes e reforçar os sistemas de saúde, de educação e de investigação com os parceiros da União Europeia em todo o mundo. Ontem, 04 de maio, em Dingal, setor Bula, o Presidente da República referiu também este aspeto com satisfação sobre o apoio que a UE tem dado neste domínio. No domínio digital, também é uma área na qual podemos aprofundar a nossa cooperação”, reforçou.
Lembrou que a estratégia do Global Gateway é uma estratégia que se define em torno de uma equipa Europa, não apenas com as instituições dos 27 que apoiam os países parceiros envolvendo os bancos através dos financiamentos que disponibilizam, nomeadamente o BEI e as agências de financiamento os Estados membros que são também envolvidos e com atração de outros setores privados, numa lógica de não ter depois em conta apenas as perspetivas nacionais, como também as perspetivas trans regionais.
Rita Laranjinha sustentou essa tese por haver uma agenda da União Africana de desenvolvimento de corredores e de infraestruturas, na qual a UE quer inserir os projetos do Global Gateway em articulação com as autoridades da Guiné-Bissau.
Instada a pronunciar-se sobre o Dia da Língua Portuguesa, assinalou que a diplomacia portuguesa tem trazido uma perspetiva de desenvolvimento de diálogo, de laços e de compreensão que “têm sido também importantes para a União Europeia.
“Falando da relação, por exemplo, entre a União Africana e União Europeia, foi a diplomacia que promoveu pela primeira vez, a cimeira entre as duas organizações. Portugal tem feito um esforço. Quando dirigiu a União Europeia, fez duas cimeiras: uma com o Brasil e outra com a Índia. Há uma leitura sobre a importância da inserção da UE no quadro global, que vem da necessidade de falarmos em português com vários continentes”, enfatizou a Diretora Executiva da União Europeia para África.
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