O
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não
tem nada a ver com o mandado de captura internacional emitido pela
justiça do país contra o ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.
O
chefe de Estado, que falava no Palácio da Presidência, em Bissau, no
âmbito do seu balanço do ano, aproveitou para comentar todos os temas da
atualidade do país e ainda anunciar perspetivas para 2021.
Questionado
sobre o mandado de captura internacional emitido contra Domingos Simões
Pereira, o Presidente disse não ser o procurador-geral da República nem
juiz.
"O
Presidente não pode lançar nenhum mandado de captura contra nenhum
cidadão, mas, todo o cidadão a contas com a justiça tem que se
esclarecer perante a justiça", declarou Umaro Sissoco Embaló.
O líder guineense acrescentou, contudo, estar convencido de que o procurador-geral da República "não pode acionar mecanismos" nesse sentido se não tiver justificações, e a própria polícia internacional, a Interpol, também não poderia aceitar colaborar.
"A Interpol para validar, como já validou, o mandado de captura é porque existem indícios fortes contra a pessoa em causa", observou Sissoco Embaló.
O
Presidente guineense sublinhou, no entanto, que não vai interferir
neste e noutros casos que devem ser esclarecidos com a justiça.
Sem
ainda especificar de que crime Domingos Simões Pereira é acusado, o
procurador-geral Fernando Gomes anunciou, no dia 18, que emitiu um
mandado de captura internacional contra o político que vive em Portugal
desde março passado.
O
líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), Domingos Simões Pereira, candidato que disputou a segunda volta
das eleições presidenciais contra Umaro Sissoco Embaló, em dezembro de
2019, já anunciou que vai regressar à Guiné-Bissau no início do próximo
ano.
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