sábado, 13 de abril de 2024

Forças Armadas guineenses consideram provocatórias acusações do partido PAIGC



O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) da Guiné-Bissau, através do seu porta-voz, general Samuel Fernandes, considerou hoje de provocatórias as acusações do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

No passado dia 08 o PAIGC, que liderou a coligação vencedora das eleições de junho de 2023 e cujo Governo foi demitido pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, lamentou situações que têm acontecido nos últimos dez anos que considera de intromissão e discursos tendenciosos "caucionadores das decisões" tomadas pelo chefe de Estado, "mesmo em colisão frontal" com a Constituição da República e demais leis.

As críticas do PAIGC surgiram na sequência de uma visita que a chefia das Forças Armadas realizou há várias unidades militares em que apela os seus membros a se afastarem dos políticos que os tenta aliciar para golpes de Estado.

Para o EMGFA aquelas insinuações do PAIGC "são graves, incompreensivas e provocatórias", escritas "num comunicado patético".

O PAIGC considerou que a postura de alguma chefia militar do país "é antidemocrática por se deixar instrumentalizar" quando denuncia supostas tentativa de golpes de Estado sem que apresente provas, como aconteceu nos casos 01 de fevereiro de 2022 e 01 de dezembro de 2023, refere o partido.

O porta-voz do EMGFA, general Samuel Fernandes defendeu que a instituição tem realizado sessões de sensibilização e de aviso aos militares a se manterem equidistantes e imunes às tentativas de aliciamentos, daí as visitas aos aquartelamentos.

"O Estado Maior quer relembrar que os acontecimentos de 1 de fevereiro de 2022 e de 1 de dezembro de 2023, envolveram a participação direta de alguns militares comprovadamente aliciados e mobilizados por políticos, que apesar de se apregoarem de democratas e republicanos na prática sempre se recusaram assumir uma postura conducente a esse título de verdadeiros democratas e republicanos", observou Samuel Fernandes.

O porta-voz do EMGFA afirmou que o suposto envolvimento de políticos nas duas "tentativas de golpe de Estado" será esclarecido "a seu tempo e nas instâncias próprias" e aqueles serão traduzidos à justiça, realçou.

Samuel Fernandes, que leu o comunicado do Estado-Maior General das Forças Armadas, referiu, sem citar nomes, que aqueles políticos "se recusam, desrespeitam e vilipendiam sistematicamente um órgão de soberania" e ainda "a vontade popular".

Fernandes acusa ainda aqueles políticos de "frequentemente provocarem situações subversivas, perturbações antidemocráticas" no país.

O porta-voz observou que, de ora em dia, o EMGFA "estará determinado a agir com muita firmeza e determinação" contra todos aqueles que, "principalmente, os políticos tentem alterar a ordem constitucional", utilizando os militares.

Para o PAIGC, é inaceitável que alguma liderança das Forças Armadas esteja ultimamente com uma atitude deliberada de defesa unicamente da alegada legitimidade do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, "ignorando explicitamente os eleitos do povo" no parlamento e o Governo.

O partido recorda que aqueles órgãos também resultaram do "veredicto popular" dos guineenses.

Sobre o facto de o PAIGC ter afirmando no seu comunicado que foi quem criou as Forças Armadas e das quais se desvinculou com a abertura do país à democracia, o EMGFA lembra ao partido que "os tempos são outros".

"Lembrar ao PAIGC que as Forças Armadas há muito que deixaram de ser o feudo de um partido político e muito menos deixar de ser manipulado por interesses inconfessos de políticos e organizações políticas que teimosamente insistem em querer manipular e transformar as Forças Armadas em instrumento de ruturas e golpes constitucionais", salienta Samuel Fernandes.

lunes, 8 de abril de 2024

POR: ESCRITOR DIDINHO CASIMIRO

 O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau (independentemente da dissolução do Parlamento, continua como tal, até novas eleições legislativas e o início de nova legislatura), continua equivocado em matéria de Responsabilidade e Representatividade do Estado e dos Cidadãos, ao pretender fazer do Estado da Guiné-Bissau e dos seus Órgãos de Soberania, uma extensão do partido político que dirige.

Ignora que a Assembleia Nacional Popular não é o único órgão de soberania do Estado e que, o Presidente da República da Guiné-Bissau foi eleito pela maioria do Povo Guineense, sendo por isso, o Chefe do Estado, com reconhecimento nacional e internacional.
Nenhuma organização internacional da qual a Guiné-Bissau é Estado-membro deveria decidir, por via de alegações pessoais, sobre assuntos de soberania da Guiné-Bissau, sobretudo, quando o País vive uma conjuntura de crise política e institucional, e com o agravante de ouvir apenas quem se presta a fazer queixas sobre um Regime do qual também faz parte, e em vigor no seu próprio País, ignorando o Respeito pela Soberania da República da Guiné-Bissau!
O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau continua a ignorar tudo e todos na Guiné-Bissau, mas acima de tudo, a pôr em causa a própria soberania de um Estado que lhe permitiu ser Presidente do Parlamento.
Para o Presidente da Assembleia Nacional Popular, não há canais de diálogo com o Presidente da República;
Não há canais de diálogo com os Tribunais;
Não há canais de Diálogo com as Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau;
Não há observância da Constituição e das Leis da República da Guiné-Bissau.
Tudo, porque continua a julgar estar acima de tudo e de todos na Guiné-Bissau...
Quanta arrogância de uma figura alicerçada pelo próprio Estado, mas com uma mente vazia de conteúdo em matéria de Estado e de Governação (Gratidão, Compromisso, Responsabilidade e Responsabilização).
Que fique claro que, nem o Conselho de Segurança da ONU pode obrigar (por via de uma Resolução), o Presidente da República da Guiné-Bissau a anular o Decreto-presidencial que determinou a dissolução da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau no dia 04.12.2023, quanto mais a União Inter-Parlamentar!
Ao invés de procurar pontes de Diálogo institucional: político e social, dentro da Guiné-Bissau, visando o apaziguamento da tensão política, social e militar, bem como saídas para a crise vigente, o Presidente da Assembleia Nacional Popular presta-se ao que tem sido o seu habitual, na ausência de Sentido de Estado: a confrontação face ao relacionamento institucional com o Presidente da República e o desprezo pelos demais órgãos de soberania da Guiné-Bissau...
Mas quem pode pensar numa "reposição" de uma normalidade constitucional que não foi posta em causa ou reivindicada até hoje nos Tribunais da República da Guiné-Bissau?
Quem, no seu perfeito juízo pode pensar que poderá haver um retorno a uma coabitação institucional entre o Presidente da República e o Presidente da Assembleia Nacional Popular, por via de influências ou imposições de terceiros, face a tudo quanto o Presidente da Assembleia Nacional Popular tem feito fora da Guiné-Bissau e contra as Instituições da República da Guiné-Bissau?!
Afinal, somos ou não um Estado, como todos os outros Estados?
Os outros é que têm que decidir por nós, mesmo quando se trata de assuntos/problemas, internos da Guiné-Bissau?!
Didinho 04.04.2024
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sábado, 6 de abril de 2024

ANIUSA MAELCIA SILVA ANTIGA DG DE CONTRIBUIÇÃO E IMPOSTOS DETIDA PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA




A antiga diretora-geral de Contribuições e Impostos, Aniusa Maelcia Silva está na prisão da Polícia Judiciaria em bandim e vai ser presente na segunda-feira, 08 de abril, ao Gabinete de Luta Contra Corrupção e Delitos do Ministério Publico para audição e aplicação da medida de caução.

A detenção da antiga Diretora aconteceu no início da tarde da sexta-feira, 05 de abril, por suspeitas de corrupção, pelos desvios de fundos da campanha de comercialização da castanha de cajú de 2023.

A operação foi efetuada pelos agentes da “Unidade de Repressão a Delitos Económicos da Polícia Judiciaria” na base de um trabalho realizado pela Inspeção Geral do Ministério das Finanças sobre os fundos da referida campanha de comercialização da castanha de cajú. Daí, se suspeitou haver desvios de avultadas somas em dinheiro por parte da antiga diretora-geral, Aniusa Maelcia Silva.

Com ela pega pela, algumas cabeças vão rolar neste processo.

Cerimónia de Condecoração do Presidente do Quénia com a medalha Amílcar Cabral



Portugal: A tomada de posse dos novos 41 secretários de Estado

 

A lista (completa) dos novos secretários de Estado

No total, são 41 novos secretários de Estado, dos quais 24 homens e 17 mulheres. A lista é composta por 16 nomes do PSD, 2 do CDS (Telmo Correia e Álvaro Castello-Branco) e 23 independentes.

Eis a lista completa:
Ministério de Estado e de Negócios Estrangeiros
Secretário de Estado dos Assuntos Europeus - Inês Carmelo Rosa Calado Lopes Domingos
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação - Nuno Ricardo Ribeiro de Carvalho de Azevedo Sampaio
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - José de Almeida Cesário

Ministério de Estado e das Finanças
Secretário de Estado do Orçamento - José Maria Gonçalves Pereira Brandão de Brito
Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais - Cláudia Maria dos Reis Duarte Melo de Carvalho
Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças - João Alexandre da Silva Lopes
Secretária de estado da Administração Pública - Marisa da Luz Bento Garrido Marques Oliveira

Ministério da Presidência
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Paulo José Martins Raposo Lopes Marcelo
Secretário de Estado Adjunto e da Presidência - Rui Armindo da Costa Freitas

Ministério da Coesão Territorial
Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional - Hélder Manuel Gomes dos Reis
Secretário de Estado da Administração Local - Hernâni Dias

Ministério dos Assuntos Parlamentares
Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim
Secretário de Estado do Desporto - Pedro Miguel Pereira Dias

Ministério da Defesa Nacional
Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional - Álvaro Castelo Branco
Secretária de Estado da Defesa Nacional - Ana Isabel Xavier

Ministério da Justiça
Secretária de Estado Adjunta e da Justiça - Maria José Dias da Mota Magalhães de Barros
Secretária de Estado da Justiça - Maria Clara Figueiredo

Ministério da Administração Interna
Secretário de Estado da Administração interna - Telmo Augusto Janes de Noronha Côrrea
Secretário de Estado da Proteção civil - Paulo Simões Ribeiro

Ministério da Educação, Ciência e Inovação
Secretário de Estado Adjunto e da Educação - Manuel Alexandre Mateus Homem Cristo
Secretário de Estado da Educação - Pedro Tiago Dantas Machado da Cunha
Secretária de Estado da Ciência - Ana Maria Severino de Almeida Paiva

Ministério da Saúde
Secretária de Estado da saúde - Ana Margarida Pinheiro Povo
Secretária de Estado da Gestão da Saúde - Cristina Alexandra Rodrigues da Cruz Vaz Tomé

Ministério das infraestruturas e habitação
Secretário de Estado das Infraestruturas - Hugo Morato Alface do Espírito Santo
Secretário de Estado da Mobilidade - Cristina Maria dos Santos Pinto Dias
Secretária de Estado da Habitação - Patrícia Gonçalves Costa de Machado Santos

Ministério da Economia
Secretário de Estado do Turismo - Pedro Manuel Monteiro Machado
Secretário de Estado da Economia - João Rui da Silva Gomes Ferreira
Secretária de Estado do Mar - Lídia Bulcão

Ministério do trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Secretário de Estado do Trabalho - Adriano Rafael Sousa Moreira
Secretário de Estado Adjunto e da Segurança Social - Jorge Manuel de Almeida Campino
Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão - Clara Marques Mendes

Ministério do Ambiente e Energia
Secretário de Estado do Ambiente - Emídio Ferreira dos Santos Sousa
Secretária de Estado da Energia - Maria João Pereira

Ministério da Juventude e Modernização
Secretária de Estado da Igualdade - Carla da Cruz Mouro
Secretário de Estado da Modernização e da Digitalização - Alberto Manuel Rodrigues da Silva

Ministério da Agricultura e Pescas
Secretário de Estado da Agricultura - João Manuel Moura Rodrigues
Secretária de Estado das Pescas - Cláudia Sofia Gomes Monteiro de Aguiar
Secretário de Estado das Florestas - Rui Miguel Ladeira Pereira

Ministério da Cultura
Secretária da Estado da Cultura - Maria de Lurdes dos Anjos Craveiro

A divulgação dos nomes acontece no dia anterior à tomada de posse dos novos secretários de Estado e depois de Montenegro ter estado reunido em Belém com o Presidente da República.

Esta foi a primeira reunião semanal de Marcelo com Montenegro no cargo.

Os secretários de Estado tomam posse esta sexta-feira, 5 de abril, às 18:00, numa cerimónia no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Os 41 secretários de Estado, 17 mulheres e 24 homens, foram chamados um a um, por ordem hierárquica, para prestar juramento e assinar o auto de posse.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu esta sexta-feira posse aos 41 secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, chefiado por Luís Montenegro, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Com a posse dos secretários de Estado, ficou completo o executivo minoritário formado por PSD e CDS-PP na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, que é composto no total por 59 elementos, cerca de 40% dos quais são mulheres.

Assistiram a esta cerimónia, realizada na Sala dos Embaixadores do Palácio Nacional da Ajuda, que durou cerca de meia hora, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e todos os ministros do novo Governo, empossados na terça-feira.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e os 17 ministros do XXIV Governo, tomaram posse na terça-feira, 23 dias depois das eleições legislativas.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, esteve também presente na Sala dos Embaixadores, tal como representantes dos partidos como o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, o dirigente do PS João Torres, os líderes parlamentares do Chega, Pedro Pinto, e do CDS-PP, Paulo Núncio, ou a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real.

A ex-ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Elvira Fortunato, o conselheiro de Estado e antigo candidato a Presidente da República António Sampaio da Nóvoa ou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, foram outros dos que marcaram presença, além de várias personalidades do PSD e do CDS-PP, partidos que integram o executivo minoritário, e muitos familiares.

A sessão de cumprimentos aos secretários de Estado estendeu-se por cerca de 40 minutos.

A Assembleia da República vai debater o programa do XXIV Governo Constitucional a 11 e 12 de abril, documento que será entregue no dia 10.

A Constituição determina que um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado.

miércoles, 3 de abril de 2024

Segundo dia de visita de Vice-CEMFA aos quartéis de Bissau - Batalhão de Palácio



Le début de la cérémonie de prestation de serment et d’installation du Président élu, Bassirou Diomaye Diakhar FAYE.


O início da cerimônia de posse e instalação do Presidente eleito, Bassirou Diomaye Diakhar FAYE.

Presidente deu posse ao primeiro-ministro e ministros do XXIV Governo Constitucional



O XXIV Governo Constitucional ficará completo com a posse dos secretários de Estado, marcada para sexta-feira.

Na cerimónia de hoje, que começou exatamente pelas 18:00, os membros do novo executivo foram chamados um a um, por ordem hierárquica, para prestar juramento e assinar o auto de posse, processo que durou cerca de 13 minutos.

Assistiram a esta cerimónia de posse o novo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro cessante, António Costa, e ministros cessantes do anterior Governo, e a procuradora Geral da República, Lucília Gago.

Nos termos do artigo 187.º da Constituição, "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais", enquanto "os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do primeiro-ministro".

O segundo membro na hierarquia do Governo é o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, seguindo-se, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e o ministro da Defesa Nacional e líder do CDS-PP Nuno Melo.

Completam a lista a ministra da Justiça, Rita Júdice, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o ministro da Economia, Pedro Reis, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

A Aliança Democrática, coligação pré-eleitoral formada por PSD, CDS-PP e PPM, foi a força mais votada nas legislativas antecipadas de 10 de março.

As duas coligações lideradas pelo PSD -- Aliança Democrática, que concorreu no continente e Açores, e Madeira Primeiro, coligação sem o PPM -- somaram 1.866.991 votos, 28,83% do total, e elegeram 80 deputados, dos quais 78 do PSD e dois do CDS-PP.

O PS foi a segunda força mais votada com 1.812.443 votos, 27,98% do total, e 78 deputados.

martes, 2 de abril de 2024

Deputado Ilídio Vieira Té: “GUINÉ-BISSAU NÃO PRECISA DE FOGO, MAS DE ENERGIA ELÉCTRICA PARA O DESENVOLVIMENTO”


O deputado do Partido da Renovação Social (PRS), Ilídio Vieira Té, exortou no sábado, 30 de março de 2024, que a Guiné-Bissau não precisa mais de fogo ou de conflito, mas sim de energia elétrica e do trabalho para o seu desenvolvimento.

“Precisamos de adotar uma política de infraestruturação do país, trabalhar para que haja energia elétrica em todo o território nacional e desenvolvermos o nosso país. Não se deve concentrar nos planos de golpes de Estado ou pensar em como tirar o Presidente da República do poder ou de fazer outras coisas… Devemos parar isso, porque não nos leva a lado nenhum”, advertiu o deputado da nação, durante a sua intervenção no “meeting” realizado na cidade de Quinhamel, região do Biombo, norte do país e que dista 40 quilómetros da capital Bissau.

A reunião que juntou igualmente régulos de diferentes tabancas daquela região, visou debater com as populações a situação política vigente e esclarecer a opinião pública a questão do tribalismo que se especula naquela zona.

Vieira Té, que também exerce a função do ministro das Finanças no governo de iniciativa presidencial, disse que é chegada a hora de deixar as divergências partidárias.

“Ninguém pode condenar-me por causa a minha opção partidária. Não podes condenar-me por causa da minha opção de seguir o Presidente Umaro Sissoco Embaló, porque não te condenei pela tua escolha. Cada pessoa tem a sua escolha, é preciso respeitarmos isso, porque não se pode pensar que a tua escolha é melhor que a minha”, assegurou, alertando que este país não precisa mais de fogo, mas de energia elétrica para que haja a iluminação em todo o território nacional.

“Eu não tenho medo de nenhum homem neste mundo, mas sim respeito as pessoas. Não podemos insultar o Chefe de Estado. Alguém pode ficar mal comigo, mas digo que não se pode insultar o Presidente da República”, disse, afirmando que a Guiné-Bissau precisa de sossego e de união dos seus filhos para trabalharem em conjunto no seu desenvolvimento.

“Não temos interesse de criar uma guerra tribal, também não temos o interesse de criá-la. Não posso ordenar ninguém para ir atacar uma pessoa, mas posso sim apelar-vos para irmos lavrar uma bolanha.

O político enfatizou que em nenhum momento vai falar mal de qualquer dirigente ou militante do PRS, porque aderiu àquela formação política muito cedo e que trabalhou dia e noite para o seu bem-estar. Lembrou que fez um esforço enorme para conseguir dois deputados na região do Biombo a favor do PRS, em 2023, que no seu entender, significa que quer o bem-estar do partido.

“A divergência de ideias faz parte da política, mas o fato de divergirmos hoje temos que ter Ilídio como alvo a abater, mas quero deixar uma coisa clara aqui, ninguém pode matar-me. Eu não vou insultar nenhum dirigente do PRS. E mesmo Fernando Dias, que é o presidente do partido hoje, não tenho o direito de insultá-lo e ele também não pode insultar-me. Eu respeito-o e ele, mais outros dirigentes do partido, devem também respeitar-me. Devemos unirmo-nos, porque a divergência não leva a lado nenhum”, assegurou.

Ilídio Vieira Té advertiu, neste particular, os políticos de outras formações políticas que não conseguirão dividir a população de Biombo com base nas ideias do tribalismo.

Vieira Té disse que vai trabalhar no desenvolvimento da região do Biombo, tendo informado que vai construir mais furos de água para a população em diferentes aldeias, bem como a melhoria das infraestruturas rodoviária.

Explicou que, com a ajuda de Deus, a estrada de Biombo vai ser alcatroada para facilitar a circulação dos seus habitantes, bem como o escoamento dos produtos agrícolas.

Por: Assana Sambú

Chefe de Estado Maior de Exército, nega todas as acusações vinculadas nas redes sociais, relativamente a prisão do seu vice.



ESTADO-MAIOR PEDE JULGAMENTO DE SUSPEITOS DE TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO


O Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau disse estar preocupado com a crise política que se regista neste momento, por isso pede ao poder judicial que crie os mecanismos necessários para o julgamento das pessoas suspeitas da tentativa de golpe de Estado o mais rápido possível.

A posição do Estado-Maior foi tornada pública pelo seu porta-voz, o brigadeiro general, Samuel Fernandes, numa declaração aos jornalistas esta segunda-feira, 01 de abril de 2024, depois da visita efetuada às unidades da Base Aérea e da Brigada Mecanizada 14 de Novembro, com o intuito de esclarecer aos militares sobre rumores de uma suposta tentativa de golpe de Estado, bem como sensibilizá-los para não se envolverem com os políticos.

O também chefe da Divisão Central da Inteligência Militar reconheceu que na verdade, qualquer pessoa é suscetível a cometer crimes, participar ou ser acusado de ter feito alguma coisa. Contudo salientou que “quem deve esclarecer aquele assunto é o tribunal, de maneira que é urgente fazer esse trabalho, porque quem sofre por último é a população, quando disparam as armas”.

Samuel Fernandes disse que o objetivo da visita é sensibilizar os militares para estarem longe de querelas político partidárias, “porque estamos a assistir a acusações e informações nas redes sociais em como o vice-chefe Estado-maior de Exército, Baute Yante Na Man, foi detido, não corresponde à verdade e alguns dizem que foi visto na casa de um político, ou seja, uma série de informações que têm como propósito desestabilizar a Guiné-Bissau”.

Lembrou ainda que já acompanhou algumas conferências de imprensa em que algumas pessoas invocaram questões tribais. Por isso estão a alertar a classe castrense que as forças armadas guineenses têm o princípio da unidade, um por todos e todos por um.
O vice-Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, Mamadu Turé, disse que os militares devem sentir pena de si mesmos, porque pegar em armas para lutar entre si próprios não é solução e quem paga as consequências disso são os próprios militares que depois são detidos e colocados na prisão. De maneira que é preciso afastarem-se dos políticos, caso contrário a Guiné-Bissau não terá estabilidade. Adiantou que está bem claro e reconhecido que os políticos da Guiné-Bissau, quando não estão no poder, o governo não é bom como também o presidente da República. Portanto, é preciso que os militares estejam unidos para garantirem a paz e a estabilidade a fim de tranquilizarem os investidores.

Mamadu Turé disse que os militares devem refletir bem e evitar serem mobilizados pelos políticos que depois, quando acontece algo anormal, acabam por recuar, deixando as consequência acima dos que perpetuaram o ato. Acrescentou que, quando um político convida um militar para fazer levantamento militar, é preciso que tenha a coragem de chamar o nome dele, talvez vão diminuir essa situação que faz vários anos que acontece na Guiné-Bissau.

Por seu lado, o Vice-Chefe de Estado de Exército, Bauté Yanté Na Man, disse que a acusação de que foi alvo não corresponde à verdade porque ele não é uma pessoa violenta. Porque se existirem 100 oficiais na Guiné-Bissau que estão a pensar para que não haja guerra nem golpe de estado, Baute Na Man faz parte desse grupo que pensa bem para o país.
“A Constituição da República está bem clara e costumo ler e vi a atribuição das forças armadas e o que devemos fazer. A sociedade castrense é vertical, na qual recebemos ordem de chefe. Se um militar pensa que pode sair e fazer o que quiser, deve preparar a sua retaguarda bem, caso contrário assumirá as consequências. Quero garantir-vos que estou sereno e tranquilo e todas as informações que ouviram sobre ele, não correspondem à verdade. Da mesma forma, quero pedir ao estado-maior para averiguar bem sobre alguém que me viu na casa de um político para mostrar provas, se não vou mover uma queixa-crime contra aquele indivíduo”.

Por: Aguinaldo Ampa

miércoles, 27 de marzo de 2024

Parlamento Português: Aguiar-Branco eleito Presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor


PS e PSD chegaram a acordo para dividir a presidência da Assembleia da República. Votação decorre esta tarde.

Odeputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi esta quarta-feira eleito presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor, à quarta tentativa.

O regimento da Assembleia da República determina que o presidente do Parlamento é eleito na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções.

"Declara-se eleito presidente da Assembleia da República o candidato José Pedro Aguiar-Branco", afirmou António Filipe, que presidiu à primeira sessão plenária da XVI legislatura.

Os resultados foram aplaudidos de pé por PSD e CDS-PP, a maioria da bancada do PS, sentados, e alguns deputados da IL.

Conosaba/noticiasaominuto

"Dia de ontem" na AR ensinou que "não devemos desistir da democracia"

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, defendeu hoje que a sua eleição à quarta tentativa ensinou que não se deve desistir da democracia e desafiou todos os grupos parlamentares a repensar o regimento para evitar impasses semelhantes.

Na primeira intervenção após a sua eleição, que só aconteceu à quarta tentativa, Aguiar-Branco começou por agradecer ao deputado comunista António Filipe pela "elevada competência e sentido de Estado e dignidade" com que dirigiu os trabalhos do parlamento até à sua eleição, o que mereceu uma longa ovação do plenário.

"Se alguma coisa o dia de ontem nos ensinou é que não devemos desistir da democracia. Eu não desisto", assegurou.

Aguiar-Branco anunciou que irá desafiar todos os grupos parlamentares "a repensar o regimento" concretamente no que à eleição da mesa e da Assembleia da República diz respeito para o impasse que aconteceu neste processo "não se volte a repetir" a "bem da democracia".