Ministra da Família faz retrato negativo da situação da
mulher guineense
Bissau, 30 Nov 16
(ANG) - A ministra da Mulher, Família e Coesão Social do demitido governo
afirma que apesar de 52 por cento da população guineense ser mulher, ela figura
na lista dos mais vulneráveis nas diferentes categorias sociais.
Maria Evarista de Sousa |
Maria Evarista de
Sousa que presidia, hoje em Bissau, a cerimónia de Lançamento do Relatório do
PNUD sobre o Desenvolvimento Humano 2016 em África, aponta como uma das causas
dessa situação, as “acentuadas desigualdades de oportunidades” em relação aos
homens, promovida pelas famílias.
Para Evarista de
Sousa, “não pode haver mudanças positivas e ganhos sociais relevantes e
duradouros, quando um grupo social, neste caso a mulher, não participa, na
plenitude, no processo de desenvolvimento”.
“O relatório revela
uma preocupação e demonstra que, ainda há muito por fazer a favor da igualdade
e empoleiramento da mulher em África, incluindo na Guiné-Bissau”, acrescenta.
A governante em
gestão disse que o esforço do governo vai no sentido de reduzir as disparidades
de género e garantir a mudança “gradual” de mentalidades tanto no homem, com na
mulher.
Para
a Representante do PAM, que falou em nome da Coordenadora do Sistema das Nações
Unidas na Guiné-Bissau, o acto representa uma oportunidade para se reflectir sobre o papel e o lugar da mulher na
sociedade, dando atenção os seus desafios e anseios.
Kiom Kiymi Kawaguchi salienta
que o relatório analisa a condição das mulheres em África, abordando os
aspectos como as práticas tradicionais, passividade das instituições nacionais
e do continente relativamente aos seus “sofrimentos” e aponta soluções para
superar estes desafios.
Esta responsável da
ONU referiu que actualmente as mulheres africanas alcançam apenas 87 por cento
dos resultados do desenvolvimento humano dos homens.
E disse que o quadro
de parceria entre a Guiné-Bissau e as Nações Unidas 2016-2020, integra o género
como um assunto chave transversal , no qual se deve incluir a perspectiva do
género, abordando as dificuldades e desafios das mulheres e o seu pontencial no
processo de desenvolvimento.
Por fim apelou aos governos
africanos a formularem metas, com prazos estabelecidos, para medir os
progressos, com vista a igualdade de género e promete o apoio da comunidade
internacional neste domínio.
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