Bissau, 28 Nov 16 (ANG) – Os preparativos para
homenagear Fidel Castro decorrem em Havana, com trabalhadores a limparem e a
colocarem vedações na extensa e emblemática Praça da Revolução, para onde serão
levados, na manhã de segunda-feira, os restos mortais do líder cubano.
Entre o monumento do herói da independência de Espanha Jose Marti e a gigante
escultura de outro líder da revolução Ernesto ‘Che’ Guevara, milhares de
pessoas, durante dois dias, devem ali prestar homenagem a Fidel Castro, morto
aos 90 anos na sexta-feira.
O governo local decretou o luto nacional por nove dias e alguns pormenores
das cerimónias vão sendo revelados, como o disparo de 21 salvas de artilharia
pelas 09:00 locais (14:00 de Lisboa) de segunda-feira, nas regiões de Havana e
Santiago, repetindo-se o mesmo número de disparos a 04 de Dezembro.
As salvas de canhão serão uma constante durante os próximos dias, nos quais
deverão chegar à ilha do Caribe várias personalidades para participar nos actos
de despedida do antigo presidente.
Na quarta-feira, um cortejo irá fazer viajar os restos mortais de Fidel
Castro pela ilha de quase 111 km2 durante quatro dias até à província oriental
de Santiago, um local emblemático para o início da revolução de 1959 e local de
partida da denominada “Caravana para a Liberdade”.
Para sábado está agendado outra cerimónia popular na praça António Maceo,
um dia antes de as cinzas serem colocadas no cemitério de Santa Ifigenia, em
Santiago de Cuba.
Neste cemitério também está o poeta e independentista Marti.
Ainda não foram avançados pormenores sobre o enterro, mas espera-se que
seja um ato intimo e sem presença de delegações oficiais.
Também são desconhecidas as circunstâncias em que Fidel Castro será
cremado, um desejo do próprio, segundo o seu irmão e actual presidente do país,
Raul Castro, na mensagem de comunicação da morte.
A organização das exéquias está a cargo de uma entidade criada
especificamente para a ocasião e apelidada de “Comissão Organizadora do Comité
Central do Partido, do Estado e do Governo para as honras fúnebres do
Comandante chefe Fidel Castro Ruz”.
A morte do histórico líder ditou o adiamento, por um mês, os actos e
desfiles militares previstos para 02 de Dezembro, no âmbito do 60.º aniversário
da chegada a Cuba desde o México do iate Granma, que trazia a bordo Fidel e
outros 81 revolucionários.
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