martes, 8 de agosto de 2017

"A CRÓNICA DE UMA JORNADA MEMORÁVEL" - JORNALISTA MUNIRO CONTE

Ocorreu-me a ideia de reconstituir parte da história da Jornada de Homenagem ao Engenheiro Domingos Simões Pereira, volvidos mais de uma semana sobre este evento inédito em Farim, como uma réplica aos elogios e palavras de apreço que vêm chegando amavelmente a Comissao Organizadora, a qual tive a honra e privilégio de presidir.

A esta onda de solidariedade que, em alguns momentos me deixou lisonjeado, quero retribuir com um grande “obrigado” mas, sobretudo, partilhar todo esse reconhecimento pelo sucesso da Jornada, em primeiro lugar, com os meus colegas da Comissao. Dado inestimável apoio prestado, sem o qual, seria impossível a  obtenção de  bons resultados.

Na verdade, foi uma experiência agradável a vivência com uma equipa fantástica, na qual a irreverência da juventude, a maturidade e o toque da experiência (la sagesse, como dizem os francofonos) compatibilizaram, degenerando numa organização quase perfeita. De resto, no cair do pano sobre esta Jornada memorável, nós, que, de tanto dedicar ao trabalho, despendendo as nossas energias e usando todas as nossas capacidades, com contra-relogios a mistura, não tivemos a noção da variedade de coisas que conseguimos proporcionar aos participantes, num contexto particular.

No seio da equipa, valeu, acima de tudo, essa gênica e pré-disposição de homenagear um guineense que constitui orgulho da Pátria de Cabral e que a maioria dos jovens revem na sua figura uma referência para enfrentar os desafios e vencer os paradigmas que a ciência, a modernização e o desenvolvimento projectam no horizonte da nossa sociedade e a da humanidade em geral.

Esta deriva contagiou e galvanizou outras sensibilidades, dentre as que olham o saber e o conhecimento e, subsequentemente, o reconhecimento de mérito como uma das “varrinhas mágicas” para relançar a Guiné-Bissau no caminho do progresso social e económico. Até porque nesta trincheira de combate a eliminação do espectro de inversão da pirâmide, que tristemente assistimos, somos interpelados a criar um novo conceito:  colocar no lidership dos diferentes sectores que geram o progresso, o guineense ideólogo, pró-ativo, competente, responsável, idóneo e que não teme a concorrência...

Foi assim que a bola de neve cresceu…e tornou tudo facil e natural. A velocidade de cruzeiro, se associavam a nossa Comissao homens grandes, jovens, pilotos ou maquinistas que asseguraram a travessia, protocolos e seguranças, prestadores de serviço de acomodação e restauração, patrocinadores, artistas, grupos de mandjuandade e de folclore, mulheres, etc. E, neste caso, aplicamos a lógica invertida de que “os últimos são os primeiros”, fazendo vénia ou curvando-se as nossas mulheres. As Mulheres de Farim foram verdadeiras cavalheiras! E estão de parabéns por esta proeza!!!

Elas deram um pouco de tudo ao DSP e seus convidados: Afecto, simpatia, generosidade e solidariedade. E ofereceram muito: Tecidos tipicos, em forma de tapete para fazer as honras de Kumus Dindim Banko, Panos de Pente, para expressar a nossa uniao na diversidade, Bambaram, como símbolo de um bom aconchego e proteção, Dahala,  dando mote e expressao a sina guerreira do homenegeado (Matchu) e uma Cabeça de Gado, bem a imagem de hospitalidade do farineense comum.

Obrigado a todos! Foi um prazer se terem juntado a nossa Comissão e, pois claro, ao DSP, o que é mesmo dizer «O filho pródigo» nesse dia memorável. E guardaremos, de forma episódica, esse grande evento no nosso manual de boas recordações!

Viva Kumus ! Viva mindjeris de Dindim Banko! 

Muniro Conte, Presidente da Comissao

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