Foto: PMA
Agência da ONU também anunciou agosto como mês do aleitamento
materno; regime é fundamental para o crescimento saudável das
crianças.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, e o Instituto Nacional para o
Desenvolvimento da Educação, Indi, decidiram fazer da educação
nutricional parte do currículo escolar guineense.
A informação foi avançada pela Representante Residente do PMA na
Guiné-Bissau à ONU News. Segundo a agência, 2018 é o horizonte temporal
para o início da implementação da iniciativa.
Dieta Alimentar
Kiyomi Kawaguchi falou à ONU News no âmbito das atividades em curso para
promover o aleitamento materno durante todo o mês de agosto. Ela
realçou a importância no combate à malnutrição crónica no país. Para
ela, as práticas de alimentação que vigoram na Guiné-Bissau têm pouca
base nutritiva, o que deve-se à falta de conhecimento.
"Arroz é um alimento importante, todos gostam, se não tiver arroz tem
problemas. Mas arroz só não é suficiente, tem que combinar com feijão,
legumes, peixe, carne, leite. Quanto maior a variedade mínima, quatro
grupos de alimentos, menor as possibilidades de malnutrição. Tem que ter
vitaminas, minerais, proteínas animais e vegetais todos são importantes
e tem que combinar todos os dias".
Reforço de capacidades
Ainda no quadro do mês de aleitamento materno, o Programa Mundial de
Alimentação treinou cerca de 40 jornalistas na matéria de nutrição e
insegurança alimentar. O seminário, com foco no mandato da agência,
habilitou os jornalistas com informações relevantes, tornando-os mais
qualificados para lidarem com assuntos do PMA.
Para Kiyome Kawaguchi, a formação está alinhada às prioridades do país
em investir no capital humano e visa promover uma ampla difusão das boas
práticas de alimentação junto das comunidades. A ideia é arrancar o mal
pela raiz combatendo a malnutrição. Segundo ela, o aleitamento materno
exclusivo pode ser um bom ponto de partida.
"Amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses é chave para as
crianças crescerem saudáveis. Leite materno não só tem todas as
nutrições necessárias para o crescimento, mas também a imunidade. As
crianças amamentadas exclusivamente têm catorze vezes mais
possibilidades de não pegar enfermidade.
Dados oficiais dão conta que problemas de malnutrição crónica afetam
mais de um quarto da população da Guiné-Bissau, ou seja 27 % e uma, em
cada quatro crianças guineenses, sofre de malnutrição alimentar.
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