A condenação surgiu na sequência da ‘Operação
Calicute’, um desdobramento da Lava Jato, a maior investigação policial no país
e que descobriu desvios na petrolífera Petrobras e em diversos órgãos públicos,
atingindo fortemente a classe política.
Este processo relaciona-se com o recebimento de
subornos pagos pela empreiteira Andrade Gutierrez por obras no Estado do Rio de
Janeiro e branqueamento de capitais por meio de aquisição de jóias e do
escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.
No acórdão, o juiz Marcelo Bretas afirmou que
Sérgio Cabral foi o “ideólogo do gigante esquema criminoso institucionalizado
no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro” e classificou-o como o “chefe
da organização criminosa” que pedia subornos às empresas que desejavam
participar de licitações públicas.
Esta foi a segunda condenação do ex-governador do
Rio de Janeiro, que já está preso.
Sérgio Cabral já havia sido sentenciado a 14 anos e
dois meses de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, num processo
julgado pelo juiz Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava
Jato em primeira instância.
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