O jovem realizador e poeta, Jacinto João António Mango
(Atcho Express), representou o país na 14ª Edição do festival de cinema
em Abidjan (Costa de Marfim), denominado de ‘Clip Ivoire’. O projeto
ligado ao filme reúne jovens realizadores dos países da União Económica e
Monetária Oeste Africana (UEMOA). O festival é realizado todos os anos
no início do mês de setembro sob auspícios da Organização Nacional de
Cinema da Costa de Marfim (ONA-CI) e conta com os patrocínios oficiais
do canal televisivo Canal Plus e da UEMOA.
O realizador guineense concorreu com um filme documentário intitulado
“África na Europa”, que retrata a vida de um emigrante guineense no
reino de Espanha, o músico Mú M’bana, que vive em Barcelona. Segundo o
realizador, o emigrante levou para a Europa toda a cultura e tradição
africana para a Barcelona, onde vive com a sua esposa espanhola e os
seus filhos.
“Mú construiu uma pequena palhota com blocos de barro como em África.
Ele cozinha na panela de barro e tem um pote para colocar a água que
vai procurar numa lagoa para beber”, explicou o realizador que,
entretanto, aproveitou a ocasião para lamentar a falta de apoio da parte
do executivo guineense, pelos quatro filmes que produziu e que levou
para o festival, em representação da Guiné-Bissau.
BIOGRAFIA
Jacinto João António Mango (Atcho Express) nasceu no dia 11 de
setembro de 1976, em Bolama. Fez o ensino básico unificado em Bula,
região de Cacheu, no norte do país. Fez o ensino secundário e
complementar em Bissau, no liceu Dr. Agostinho Neto. Foi membro fundador
da associação de estudantes do referido liceu, bem como participou na
criação da brigada cultural do liceu.
Formou-se como técnico de comunicação numa escola técnica no Brasil,
durante o ano 2008/2009. Fez o curso de língua portuguesa com o título
de Bacharelato, na Escola Superior da Educação (ESE). É jornalista de
profissão voltado a área da cultura. Fez ainda uma formação sobre a
produção e realização de filmes, em Bissau.
Fez várias formações em diferentes áreas ligadas à produção e
realização de filmes no âmbito da sua participação no festival de cinema
‘Clip Ivoire’, que também tem uma componente de formação destinada aos
jovens realizadores que concorreram ao festival. Foi o primeiro ator
guineense que fez o papel do ‘homem estatua’ na via pública,
personificando Amílcar Cabral.
Por: Assana Sambú
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