Durante o ato de lançamento oficial da presidência do
Partido da Renovação Social (PRS), esta segunda-feira, 18 de Setembro, o antigo
secretário-geral do PRS, Artur Sanhá, disse que a sua candidatura aposta no
patriotismo, na diversidade de opiniões, na transparência, na tolerância, para
dar uma nova vida ao PRS e apostar na mudança da Guiné-Bissau. Todavia a
apresentação ficou marcada por ameaças lançadas pelo candidato.
“Há pessoas que são instrumentalizadas para denegrirem a
minha imagem e outras usam informações erradas contra a minha figura para dessa
forma atingirem lugares cimeiros no partido. Não vou responder aos que me
acusam, mas sim aos seus mandantes. Tenho muitas informações sobre vários
dirigentes que estão metidos em casos pouco claros e cada vez que eu falar
sobre eles, entrego à Polícia Judiciária os documentos”, disse Artur Sanhá. O
candidato nega ter participado no Golpe de Estado de setembro de 2003 que depôs
o governo do PRS e o seu líder Kumba Ialá, então Presidente da República.
“Falam de questões que não têm lógica. Isto é cobardia,
falta de visão e pensamento clubista e não de um partido político”, sublinhou
Sanhá.
O líder do Projeto Aliança de Ressurgimento para a
Unidade Social (ARUS) disse ainda que, em caso de vitória no quinto congresso,
a vida do partido terá novo rumo e a sua capacidade participativa nacional e
internacional irá aumentar significativamente, porque o “projeto ARUS é um
produto do partido PRS pois, é fruto da sua democracia interna, dentro da
disciplina e aceite normativamente na vida do partido”.
“Chegou a hora da revisão da caminhada, da renovação para
um ressurgimento da nova unidade social. Uma nova unidade social que terá
início na reconciliação nacional como condição primitiva e obrigatória.
Inadiável e urgente para a reformulação harmoniosa da nossa maneira de
organizar e encarar o serviço público” disse, sublinhando a necessidade de uma
mudança de conduta da classe política guineense, incentivar a conservação da
história e da cultura guineense.
“Defendendo a liberdade de pensamento na situação de
necessária reforma da nossa maneira de agir e querendo projetar, de forma
diferente, o futuro do nosso partido, o futuro da nossa pátria. Decidimos em
obediência aos estatutos do PRS apresentar a nossa candidatura ao cargo do
Presidente do Partido no próximo congresso como contribuição valiosa para a
evolução do nosso partido” revelou.
Por outro lado, Artur Sanha apelou aos congressistas a
apostarem no seu projeto político, por ser um projeto que aposta nas mudanças
filosóficas e de perfil político do PRS. Neste sentido, o antigo
primeiro-ministro prometeu apresentar, caso for eleito presidente do partido,
propostas “claras e concretas” para a saída da atual crise política que o país
vive a mais de dois anos.
O Congresso do PRS está marcado para 26 a 29 de setembro
de 2017, na região de Biombo, norte da Guiné-Bissau. Para a liderança do
partido, concorrem oito candidatos, incluindo o atual líder, Alberto Nambeia,
que procura a reeleição.
Tiago Seide / Iancuba Danso
No hay comentarios:
Publicar un comentario
Os comentarios sao da inteira responsabilidade dos seus autores