martes, 19 de septiembre de 2017

Guiné-Bissau: Artur Sanhá diz que tem os nomes e as provas de dirigentes do PRS envolvidos em “casos pouco claros”


Durante o ato de lançamento oficial da presidência do Partido da Renovação Social (PRS), esta segunda-feira, 18 de Setembro, o antigo secretário-geral do PRS, Artur Sanhá, disse que a sua candidatura aposta no patriotismo, na diversidade de opiniões, na transparência, na tolerância, para dar uma nova vida ao PRS e apostar na mudança da Guiné-Bissau. Todavia a apresentação ficou marcada por ameaças lançadas pelo candidato.
“Há pessoas que são instrumentalizadas para denegrirem a minha imagem e outras usam informações erradas contra a minha figura para dessa forma atingirem lugares cimeiros no partido. Não vou responder aos que me acusam, mas sim aos seus mandantes. Tenho muitas informações sobre vários dirigentes que estão metidos em casos pouco claros e cada vez que eu falar sobre eles, entrego à Polícia Judiciária os documentos”, disse Artur Sanhá. O candidato nega ter participado no Golpe de Estado de setembro de 2003 que depôs o governo do PRS e o seu líder Kumba Ialá, então Presidente da República.
“Falam de questões que não têm lógica. Isto é cobardia, falta de visão e pensamento clubista e não de um partido político”, sublinhou Sanhá.
O líder do Projeto Aliança de Ressurgimento para a Unidade Social (ARUS) disse ainda que, em caso de vitória no quinto congresso, a vida do partido terá novo rumo e a sua capacidade participativa nacional e internacional irá aumentar significativamente, porque o “projeto ARUS é um produto do partido PRS pois, é fruto da sua democracia interna, dentro da disciplina e aceite normativamente na vida do partido”.
“Chegou a hora da revisão da caminhada, da renovação para um ressurgimento da nova unidade social. Uma nova unidade social que terá início na reconciliação nacional como condição primitiva e obrigatória. Inadiável e urgente para a reformulação harmoniosa da nossa maneira de organizar e encarar o serviço público” disse, sublinhando a necessidade de uma mudança de conduta da classe política guineense, incentivar a conservação da história e da cultura guineense.
“Defendendo a liberdade de pensamento na situação de necessária reforma da nossa maneira de agir e querendo projetar, de forma diferente, o futuro do nosso partido, o futuro da nossa pátria. Decidimos em obediência aos estatutos do PRS apresentar a nossa candidatura ao cargo do Presidente do Partido no próximo congresso como contribuição valiosa para a evolução do nosso partido” revelou.
Por outro lado, Artur Sanha apelou aos congressistas a apostarem no seu projeto político, por ser um projeto que aposta nas mudanças filosóficas e de perfil político do PRS. Neste sentido, o antigo primeiro-ministro prometeu apresentar, caso for eleito presidente do partido, propostas “claras e concretas” para a saída da atual crise política que o país vive a mais de dois anos.
O Congresso do PRS está marcado para 26 a 29 de setembro de 2017, na região de Biombo, norte da Guiné-Bissau. Para a liderança do partido, concorrem oito candidatos, incluindo o atual líder, Alberto Nambeia, que procura a reeleição.
Tiago Seide / Iancuba Danso 

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