Chefe
do governo destacou na Assembleia Geral que paz civil reina no país;
Para Umaro Sissoco Embaló, governo e sociedade civil estão longe de
ruptura política; discurso sublinhou aposta na agricultura, no
empoderamento feminino e em cumprir Acordo de Paris sobre mudanças
climáticas.
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dedicou parte
de seu discurso na Assembleia Geral à explicação do estágio da crise
política e institucional vivida desde 2015, quando o presidente José
Mário Vaz demitiu o governo eleito do primeiro-ministro Domingos Simões
Pereira.
"São dificuldades que se prendem com a articulação política de algumas
das nossas instituições políticas centrais, nomeadamente o Parlamento e o
governo. Mas é com muita responsabilidade que trago ao conhecimento de
vossas excelências que no meu país reina a paz civil. Não se registam
violações dos direitos universais que justifiquem a queixa ou suscitem
preocupações dignas de registo nos indicadores de segurança pública, de
pessoas e bens não se afastam de um padrão da normalidade."
Convicção
O chefe do governo guineense disse ter convicção de que o problema terá
solução após várias entidades se terem mostrado disponíveis a dar apoio.
"Registamos com satisfação o facto de a União Africana, na sua última
cimeira reunida na capital Addis Abeba da Etiópia, o Conselho de
Ministros da Cplp reunido em Brasília, a capital do Brasil, bem como as
Nações Unidas terem retomado nas suas agendas a sua política na
Guiné-Bissau. Com a paciência, a sabedoria e a solidariedade dos nossos
parceiros internacionais, da Cedeao, da União Africana, da Cplp, e o
próprio secretário-geral das Nações Unidas que mantém na Guiné-Bissau o
ser representante especial vamos ultrapassar o impasse político e
institucional que ainda perdura no meu país.
Determinação
Vários líderes mencionaram o desejo de retomada do funcionamento normal
de instituições na Guiné-Bissau. Antes, o Conselho de Segurança disse
estar disposto a responder a um agravamento da crise e revelou
preocupação com o aproximar das eleições legislativas e presidenciais
agendadas para 2018 e 2019.
No seu pronunciamento, o primeiro-ministro guineense garantiu que uma nova quebra de relação estaria distante.
"O Estado e a sociedade civil estão muito longe de atingir um limiar da
ruptura política. Enfim, na Guiné-Bissau, felizmente não se contam
mortos nem feridos nem sequer se avaliam danos provocados no património
público que resultam da quebra da autoridade de Estado. A última Cimeira
da Cedeao que se reuniu na cidade de Monróvia, apostou na determinação
dos próprios guineenses resolverem internamente os problemas que se
prendem com o impasse político e institucional que perdura há quase dois
anos".
Desenvolvimento
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, destacou que alcançar a segurança
alimentar é o pilar da estratégia de desenvolvimento do país que atua
para atingir a Fome Zero.
O governante declarou que os resultados da nova campanha de castanha de
caju quebraram recordes e tiveram um impacto positivo no ambiente social
no país.
Em relação à situação económica, o primeiro-ministro disse que aos
servidores públicos recebem salários regulares e o serviço da dívida
externa e interna não registam atrasos. Ele contou que o controlo das
finanças públicas foi elogiado por parceiros como o Fundo Monetário
Internacional.
O pronunciamento destacou ainda a solidariedade guineense com o combate
ao terrorismo no Sahel, o Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas e
o empoderamento feminino.
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