Na abertura dos trabalhos, o secretário-geral das
Nações Unidas, o português António Guterres, irá apresentar um relatório de
actividades, o primeiro do seu mandado depois de ter tomado posse, em Janeiro
deste ano.
Cumprindo a tradição que reserva ao chefe de Estado
do Brasil honras de abertura dos discursos no órgão multilateral, Michel Temer
aproveitará a oportunidade para falar da recuperação económica do seu país, que
nos últimos meses mostrou sinais positivos, de crescimento, e para sublinhar
que tal só foi possível graças às reformas liberais que impôs, com a oposição
dos sindicatos e partidos de esquerda.
Por sua vez, Donald Trump não poderá deixar de
falar de questões tão prementes como a sobrevivência do acordo nuclear com o
Irão e a situação de alta tensão com a Coreia do Norte, bem como da crise na Venezuela,
em relação à qual não descartou a hipótese de uma intervenção militar.
Outro dos temas do seu discurso prender-se-á com a
melhor forma de gerir as operações de paz da ONU no mundo, uma questão que o
levou na segunda-feira a instar quase 130 países a assinarem uma declaração
política visando uma reforma da
Organização das Nações Unidas cuja acção, na sua
opinião, é há vários anos dificultada pela sua “burocracia”.
Na quarta-feira, às 11:30 locais (14:30 em Cabo
Verde), será a vez de o primeiro-ministro português, António Costa, se estrear
como orador no debate geral, entre chefes de Estado e de Governo, com um
discurso centrado nos valores do desenvolvimento sustentável e da defesa do
ambiente.
Subordinado ao tema “Concentrando-nos nas Pessoas –
Lutar pela Paz e por uma Vida Decente para Todos num Planeta Sustentável”, o
debate geral decorrerá até 25 de Setembro, nesta 72.ª sessão da
Assembleia-Geral presidida por Miroslav Lajčák, ministro dos Negócios
Estrangeiros e Assuntos Europeus da Eslováquia.
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