A deslocação do sumo
pontífice ocorre apenas dois dias após o anúncio inédito de um cessar-fogo por
parte da guerrilha do ELN, já a partir do próximo mês.
E isto após as FARC, principal guerrilha das
últimas cinco décadas, ter terminado na semana passada a sua transformação em
partido político, na sequência de um acordo de paz rubricado no ano passado.
Numa mensagem de vídeo difundida dois dias antes da
partida do papa latino-americano rumo à
Colômbia, o chefe dos católicos insistira, precisamente, na paz.
"A paz é o que a Colômbia busca desde há
tanto tempo e em prol do qual tanto trabalha. Uma paz estável, duradoura, por
forma a que os colombianos se vejam e tratem como irmãos, nunca como inimigos",
disse.
No avião o Papa apelou também a rezar pela
Venezuela vizinha,mergulhada numa profunda crise social, política e económica.
O Papa alega chegar à Colômbia como "peregrino
da paz e da esperança", e deve avistar-se com Juan Manuel Santos,
presidente do país e Prémio Nobel da paz de 2016 e com um vasto rol de
entidades deste Estado sul-americano.
Três papamóveis foram disponibilizados para esta
visita, fabricados localmente e sem vidros blindados, por forma a que o desejo
do Papa seja respeitado para estar o mais perto possível dos fiéis.
Ele será o terceiro papa a visitar a Colômbia (após
Paulo VI em 1968 e João Paulo II em 1986), país essencialmente católico, e
homenageará, em Cartagena, o santo jesuíta Pedro Claver, defensor dos escravos,
figura eminente do cristianismo do século XVII.
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