martes, 24 de octubre de 2017

«AFINAL QUEM MANDOU MATAR AMÍLCAR CABRAL?» "BEM, ESTAMOS TRAMADOS", RESPONDEU ANTÓNIO SPÍNOLA AO SABER DO ASSASSÍNIO DE AMÍLCAR CABRAL


A reação de António de Spínola ao saber da morte do líder do PAIGC, Amílcar Cabral, assassinado em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, foi clara: "bem, estamos tramados".
A reação do na altura comandante militar na então província portuguesa da Guiné consta do livro "A PIDE no Xadrez Africano" da historiadora espanhola María José Tíscar, saída de uma conversa com o também então inspetor da polícia secreta do regime português António Fragoso Allas, em que dá conta de ações e subversões praticados por Portugal para manter o império em África e abafar os movimentos independentistas (1961/74).
Segundo Allas, não foram os portugueses que mataram o então líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) - o inspetor nega que tenha havido "mão da PIDE" -, atribuindo responsabilidades aos "guineenses dissidentes" do movimento de Amílcar Cabral.

Spínola


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