O Governo da Guiné-Bissau garantiu esta sexta-feira que os
acontecimentos na sede nacional do Partido Africano para a Independência
da Guiné e Cabo Verde, a PAIGC, foram um ato isolado e que tem a sua
discordância.
“A paz social é evidente, tem
reinado na Guiné-Bissau, ela não está posta em causa e não será posta em
causa no futuro. O Governo quer garantir que os acontecimentos na sede
do PAIGC foram um ato isolado”, afirmou o porta-voz do Governo e ministro do Turismo, Fernando Vaz, em conferência de imprensa, no Palácio do Governo.
No comunicado do Conselho de Ministros, realizado na quarta-feira, e que
a Lusa teve acesso esta sexta-feira, o Governo guineense “manifesta a
sua total discordância com o recurso à via do desacato e a desordem para
entrar em qualquer instituição, como a sede de um partido político,
neste caso, o PAIGC”.
O Governo guineense apelou também às partes desavindas do PAIGC para “privilegiarem
e optarem por um diálogo sério e franco, como única forma para se
ultrapassar eventuais diferendos políticos a bem da democracia da
Guiné-Bissau”.
“A nossa posição é muito
clara. É um problema da esfera interna do PAIGC, mas que se transborda
para a esfera pública o Governo tem de agir e impor a ordem e a lei e
foi isso que nós fizemos”, sublinhou o porta-voz do Governo.
Na quarta-feira, um grupo de cerca de 100 jovens militantes do PAIGC
assaltou a sede nacional do partido, na Praça dos Heróis Nacionais, em
Bissau, impedindo outros militantes de entrar e as duas partes acabaram
em confrontos.
Os confrontos obrigaram à intervenção das forças de segurança guineense,
que reforçaram a sua presença na Praça dos Heróis Nacionais, onde
também está situada a Presidência guineense.
A polícia permanece desde de quarta-feira naquela zona da cidade com um grande dispositivo.
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