Com o efeito imediato desde 29 de setembro, o Ministro do Interior Botche Candé ordenou a suspensão de 28 funcionários afetos a diferentes serviços do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.
A medida atingiu tanto os funcionários
que nesta data estavam de folgas, assim como os que se encontravam de
serviço, passando pelos efetivos da Direção-geral de Migração e
Fronteiras, bem como da Direção-geral de Serviços de Informação de
Estado.
De
acordo com fonte da e-Global, o motivo da suspensão surgiu após um
incidente durante o embarque em Bissau de dois empresários de
nacionalidade senegalesa no voo da TAP número TP1476, de 28 de Setembro
2017, com destino a Lisboa, supostamente em posse de passaportes
senegaleses e vistos falsos.
No
momento de verificação dos passageiros junto a escada do avião, os
agentes do Serviço de Migração de Fronteiras (SEF) de Portugal,
comunicaram que os referidos passageiros tinham vistos e passaportes
falsos, obrigando a retirada dos mesmos do aparelho.
Os
suspeitos foram algemados e transportados num veículo afeto ao
Secretário de Estado da Ordem Pública Francisco Malam N’dur Djata, tendo
os conduzidos para interrogatórios no Departamento de Informação
Policial e Investigação Criminal (DIPIC), junto à 2ª Esquadra em Bissau.
Segundo a mesma fonte, as primeiras
investigações concluíram que os documentos dos dois empresários não
tinham qualquer irregularidade, conforme referiu uma fonte junto do
Oficial Ligação de Espanha na Direção-geral de Migração e Fronteiras em
Bissau e a Embaixada de França em Dakar, onde os vistos foram emitidos.
Diz e-Global.
Após
o incidente, o Diretor-geral Adjunto de Serviços de Migração e
Fronteiras da Guiné-Bissau Mamadi Cassamá, pediu desculpas as pessoas
afetadas com as medidas do ministro, tendo os apelados ao regresso ao
trabalho, pois se tratara de um malentendido entre SEF e as autoridades
nacionais. Por outro lado, a mesma fonte informou que os cidadãos em
causa já tinham estado de passagem por Bissau, com destino a França, a
19 de Setembro e de regressado a 21 do mesmo mês, com os mesmos
documentos que na altura foram validados pela primeira equipa de SEF em
serviço nesta data. Diz e-Global.
Contactado
pela e-Global, uma fonte do DIPIC confirmou que os empresários já foram
libertados, contudo os seus passaportes ainda se encontram retidos
pelas autoridades que confirrmaram igualmente que todos os documentos
são legais. A mesma fonte indicou que o embaixador do Senegal na Guiné-
Bissau já foi notificado para informar os seus cidadãos para recuperarem
os documentos, mas o diplomata remeteu o andamento do processo com o
regresso do Ministro do Interior ao país, que se encontra há mais de uma
semana em Portugal.
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