O deputado do Partido da Renovação Social (PRS), Ilídio Vieira Té, exortou no sábado, 30 de março de 2024, que a Guiné-Bissau não precisa mais de fogo ou de conflito, mas sim de energia elétrica e do trabalho para o seu desenvolvimento.
“Precisamos de adotar uma política de infraestruturação do país, trabalhar para que haja energia elétrica em todo o território nacional e desenvolvermos o nosso país. Não se deve concentrar nos planos de golpes de Estado ou pensar em como tirar o Presidente da República do poder ou de fazer outras coisas… Devemos parar isso, porque não nos leva a lado nenhum”, advertiu o deputado da nação, durante a sua intervenção no “meeting” realizado na cidade de Quinhamel, região do Biombo, norte do país e que dista 40 quilómetros da capital Bissau.
A reunião que juntou igualmente régulos de diferentes tabancas daquela região, visou debater com as populações a situação política vigente e esclarecer a opinião pública a questão do tribalismo que se especula naquela zona.
Vieira Té, que também exerce a função do ministro das Finanças no governo de iniciativa presidencial, disse que é chegada a hora de deixar as divergências partidárias.
“Ninguém pode condenar-me por causa a minha opção partidária. Não podes condenar-me por causa da minha opção de seguir o Presidente Umaro Sissoco Embaló, porque não te condenei pela tua escolha. Cada pessoa tem a sua escolha, é preciso respeitarmos isso, porque não se pode pensar que a tua escolha é melhor que a minha”, assegurou, alertando que este país não precisa mais de fogo, mas de energia elétrica para que haja a iluminação em todo o território nacional.
“Eu não tenho medo de nenhum homem neste mundo, mas sim respeito as pessoas. Não podemos insultar o Chefe de Estado. Alguém pode ficar mal comigo, mas digo que não se pode insultar o Presidente da República”, disse, afirmando que a Guiné-Bissau precisa de sossego e de união dos seus filhos para trabalharem em conjunto no seu desenvolvimento.
“Não temos interesse de criar uma guerra tribal, também não temos o interesse de criá-la. Não posso ordenar ninguém para ir atacar uma pessoa, mas posso sim apelar-vos para irmos lavrar uma bolanha.
O político enfatizou que em nenhum momento vai falar mal de qualquer dirigente ou militante do PRS, porque aderiu àquela formação política muito cedo e que trabalhou dia e noite para o seu bem-estar. Lembrou que fez um esforço enorme para conseguir dois deputados na região do Biombo a favor do PRS, em 2023, que no seu entender, significa que quer o bem-estar do partido.
“A divergência de ideias faz parte da política, mas o fato de divergirmos hoje temos que ter Ilídio como alvo a abater, mas quero deixar uma coisa clara aqui, ninguém pode matar-me. Eu não vou insultar nenhum dirigente do PRS. E mesmo Fernando Dias, que é o presidente do partido hoje, não tenho o direito de insultá-lo e ele também não pode insultar-me. Eu respeito-o e ele, mais outros dirigentes do partido, devem também respeitar-me. Devemos unirmo-nos, porque a divergência não leva a lado nenhum”, assegurou.
Ilídio Vieira Té advertiu, neste particular, os políticos de outras formações políticas que não conseguirão dividir a população de Biombo com base nas ideias do tribalismo.
Vieira Té disse que vai trabalhar no desenvolvimento da região do Biombo, tendo informado que vai construir mais furos de água para a população em diferentes aldeias, bem como a melhoria das infraestruturas rodoviária.
Explicou que, com a ajuda de Deus, a estrada de Biombo vai ser alcatroada para facilitar a circulação dos seus habitantes, bem como o escoamento dos produtos agrícolas.
Por: Assana Sambú
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