A
Guiné-Bissau está num dos países com maior nível de perdas económicas
devido as desigualdades de género no mercado de trabalho. Os dados
constam no relatório de desenvolvimento de África 2015, intitulado
“Acelerar a Igualdade de Género e a Capacitação das Mulheres em África”
Este
é o segundo relatório de Desenvolvimento Humano de África de sempre
produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
olha para a desigualdade de género através da lente do desenvolvimento
humano e o lançamento em Bissau acontece no contexto dos “16 dias de
Activismo para acabar com a violência contra as mulheres”.
A
ministra em gestão da Família e Coesão Social, Maria Evarista de Sousa,
no acto, disse que os dados são preocupantes sendo que a mulher
representa mais de 52% da população guineense.
“Os
dados que o relatório traz revelam preocupação e demostra que ainda
existe muito a fazer a favor da igualdade de género e do empoderamento
da mulher em África e principalmente na Guiné-Bissau”, defende.
Para
a coordenadora interina do sistema das Nações Unidas, Kiom Kiyomi
Kawaguchi, este ato trata-se de uma oportunidade para reflectirmos sobre
o papel e lugar da mulher na sociedade, os seus desafios e anseios.
“Falar
da família é falar de toda a sociedade. A passividade das instituições
nacionais e continentais relativamente ao sofrimento da camada feminina
aponta pistas a solução para superar os desafios”, adianta.
Segundo
Gabriel D’Alva, representante residente adjunto do PNUD EM África os
conflitos políticos e militares são os principais factores do fraco
desenvolvimento humano.
“As
mudanças climáticas também são factores que impedem o rápido
desenvolvimento e as desigualdades sociais e do género também são
factores na demora no desenvolvimento africano”, explica D´Alva que
aconselha os países africanos a olharem para os Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável como uma oportunidade para melhor orientarem
o seu desenvolvimento.
Segundo
o relatório ora lançado a desigualdade de género custa à africa
subsariana uma média de 95 mil milhões de dólares por ano, tendo
atingido um pico de 105 milhões em 2014, o equivalente a 6% do produto
interno Bruto (PIB) da região, colocando em risco os esforços do
continente para alcançar um desenvolvimento humano inclusivo e o
crescimento económico.
O
documento que apela ao custo económico da desigualdade de género na
África revela ainda que em comparação com a média africana, a sub-região
de África do oeste tem o maior nível da perda no desenvolvimento humano
devido a desigualdade e a Guiné-Bissau, a Serra Leoa e a Costa do
marfim são os países que mas detêm o maior nível de perdas económicas
devido as desigualdades, isto em comparação com Cabo-Verde que tem o
nível mais baixo.
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