Rei de Marrocos
Os chefes de Estado presentes na 28ª Cimeira da União Africana (UA) em
Addis Abeba aprovaram, sem voto, a adesão de Marrocos na organização.
O reino de Marrocos torna-se assim no 55º membro da organização, uma
“coroação” que é o resultado de uma intensa ofensiva diplomática
marroquina no continente africano, durante mais de um decénio. É também
uma vitória com sabor amargo, pois o reino se retirara da pretérita
Organização da Unidade Africana (OUA) em protesto contra a presença da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), que disputa a soberania no Sara Ocidental, que mantém o seu lugar na UA.
Durante o debate à porta fechada, o presidente senegalês, Macky Sall,
declarou que 39 países da organização defendiam a adesão sem condições
de Marrocos à UA, enquanto a Argélia, África do Sul e Angola, apoiantes
da Frente Polisário e RASD, defenderam uma adesão sob condições. Uma das
propostas adotadas prevê a criação de um comité de acompanhamento de
Marrocos na sua adesão e supervisão dos princípios da UA.
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