O
comentador permanente dos assuntos políticos da Rádio Sol Mansi (RSM),
Rui Jorge Semedo, diz, esta terça- feira (25/05), que não existe uma
solução a vista para o fim da crise política na Guiné-Bissau sem o
respeito das normas democráticas e dos compromissos assumidos
Ouvido
pela RSM sobre os restantes dois dias para o fim do prazo dado pela
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a
implementação do acordo de Conacri, o politólogo Rui Jorge Semedo, diz
que a advertência dada não deve ser visto como uma imposição ou
interferência política.
“É
uma atitude que se toma nas circunstâncias do género que permite também
que se possa intensificar as negociações e busca de solução. Mas se o
vermos como imposição ou uma demonstração de força vai ficar difícil.
Então não se deve desafiar quem te ajuda financeiramente para realização
das eleições e no orçamento de Estado, mesmo países que são mais fortes
e que com independência financeira não desafiam a comunidade
internacional”, defende.
Entretanto,
na mesma entrevista, Rui Jorge Semedo chama atenção das autoridades
envolvidas na crise sobre a necessidade de aproveitar a oportunidade de
mudar o cenário político antes das sanções da comunidade internacional.
Semedo diz que os políticos devem evitar “braço de ferro” pautando pela flexibilidade como nova forma de diálogo.
“Os indicadores mostram que não há vontade, as pessoas preferem manter o braço de
ferro de que criar condições para se sentarem a mesma mesa e reflectir
sobre como chegar entendimento. Por exemplo o PAIGC já começou a dar
sinal de tentar negociar. De mesma forma também a sociedade guineense
espera a atitude o presidente da república em voltar a apresentar
propostas na base do que foi delineado e ver como organizar”, sustenta.
O
comentador da RSM para os assuntos defende, no entanto, que os
militares não devem intervir na solução para crise em “nenhuma
circunstância” e que a solução da crise não está nas eleições ou criação
dos governos de consenso, “mas sim no cumprimento das leis do país e
outros acordos que se adoptam”.
A
crise política prevalece do país numa altura em que faltam pouco mais
de quarenta e oito (48) horas para o fim do ultimato dado pela CEDEAO
para o cumprimento do acordo internacional e caso contrário haverá
sanções colectivas os individuais para a Guiné-Bissau.
A
Situação mantém-se e o Presidente José Mário Vaz diz estar “pronto para
tudo” e não irá derrubar o governo de Umaro Sissoco Embaló se o
parlamento não for aberto e o programa discutido, votado e chumbado.
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