martes, 23 de mayo de 2017

RUI JORGE SEMEDO DIZ QUE ADVERTÊNCIA DA CEDEAO NÃO DEVE SER VISTA COMO IMPOSIÇÃO


                     RUI JORGE SEMEDO DIZ QUE ADVERTÊNCIA DA CEDEAO NÃO DEVE SER VISTA COMO IMPOSIÇÃO 
O comentador permanente dos assuntos políticos da Rádio Sol Mansi (RSM), Rui Jorge Semedo, diz, esta terça- feira (25/05), que não existe uma solução a vista para o fim da crise política na Guiné-Bissau sem o respeito das normas democráticas e dos compromissos assumidos
Ouvido pela RSM sobre os restantes dois dias para o fim do prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a implementação do acordo de Conacri, o politólogo Rui Jorge Semedo, diz que a advertência dada não deve ser visto como uma imposição ou interferência política.
“É uma atitude que se toma nas circunstâncias do género que permite também que se possa intensificar as negociações e busca de solução. Mas se o vermos como imposição ou uma demonstração de força vai ficar difícil. Então não se deve desafiar quem te ajuda financeiramente para realização das eleições e no orçamento de Estado, mesmo países que são mais fortes e que com independência financeira não desafiam a comunidade internacional”, defende.
Entretanto, na mesma entrevista, Rui Jorge Semedo chama atenção das autoridades envolvidas na crise sobre a necessidade de aproveitar a oportunidade de mudar o cenário político antes das sanções da comunidade internacional.
Semedo diz que os políticos devem evitar “braço de ferro” pautando pela flexibilidade como nova forma de diálogo.
“Os indicadores mostram que não há vontade, as pessoas preferem manter o braço  de ferro de que criar condições para se sentarem a mesma mesa e reflectir sobre como chegar entendimento. Por exemplo o PAIGC já começou a dar sinal de tentar negociar. De mesma forma também a sociedade guineense espera a atitude o presidente da república em voltar a apresentar propostas na base do que foi delineado e ver como organizar”, sustenta.
O comentador da RSM para os assuntos defende, no entanto, que os militares não devem intervir na solução para crise em “nenhuma circunstância” e que a solução da crise não está nas eleições ou criação dos governos de consenso, “mas sim no cumprimento das leis do país e outros acordos que se adoptam”.
A crise política prevalece do país numa altura em que faltam pouco mais de quarenta e oito (48) horas para o fim do ultimato dado pela CEDEAO para o cumprimento do acordo internacional e caso contrário haverá sanções colectivas os individuais para a Guiné-Bissau.
A Situação mantém-se e o Presidente José Mário Vaz diz estar “pronto para tudo” e não irá derrubar o governo de Umaro Sissoco Embaló se o parlamento não for aberto e o programa discutido, votado e chumbado.

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