A reunião da Comissão Permanente de Concertação Social
realizada segunda-feira na qual se analisou entre outros o aumento de
preço de arroz e cumprimento do memorando de entendimento assinado entre
o governo e a Central Sindical (UNTG) relativamente aplicação da nova
tabela salarial foi inconclusiva.
Em
declarações à imprensa, o ministro da Função Pública, Reforma
Administrativa e Trabalho, Tumane Baldé disse acreditar num consenso nos
próximos encontros sobre os pontos em discussão, sobretudo no que diz
respeito a um eventual reajuste salarial.
Tumane
Baldé disse que o governo está ciente do baixo salário praticado na
função pública e que se agrava ainda mais com a subida de preço dos
produtos no mercado e de outros serviços.
Acrescentou que técnicos
estão a trabalhar nas questões jurídico/institucional e
ético/deontológico e profissional para estabelecer as categorias e
responder a este problema.
Nesta
óptica, Tumane Baldé, que diz solidarizar-se com os princípios básicos
da liberdade sindical e de greve, pede tolerância aos sindicatos, que
ameacam observar uma greve de 8 à 10 do mês em curso na administração
publica, alegando que o processo é complexo.
O
secretário-geral da UNTG, Estevão Gomes Có contínua a exigir ao
executivo o reajuste salarial ainda no decurso deste ano, alegando que a
distribuição equitativa que se pede não depende da aprovação ou não do
Programa de Governo e Orçamento Geral de Estado.
“O
reajuste salarial pode ser feito na actual massa salarial existente na
função Pública, pois não é justo, alguns estarem a ganhar milhões e
outros vinte e nove mil francos CFA”, criticou.
Em
relação ao preço de arroz, Estevão Gomes Có e o Presidente da
Confederação dos Sindicatos Independentes, Filomeno Cabral esperam que
uma decisão saia quarta-feira da reunião do Conselho de ministros.
Os dois martelaram sobre a necessidade do preço de arroz ser reduzido de 20 mil para 16 mil e quinhentos francos CFA.
Em
nome do sector privado, Mamado Alfadjo Djaló relacionou a subida dos
preços de arroz às taxas cobradas aos operadores económicos nacionais.
Como forma de minimizar a situação, disse que os operadores perspectivam mudar o método de exportação, ou seja, passar a fazer a
exportação através de navios com capacidade de transportar 20 ou 30
toneladas de arroz e desta maneira, ajudar na redução do preço do mesmo,
no mercado nacional.
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