A greve geral de três dias decretada pela União Nacional de Trabalhadores da Guiné (UNTG) que foi iniciada hoje, 08 de agosto, e que termina no dia 10, paralisou o funcionamento das instituições públicas prejudicando, assim, as demandas dos cidadãos nacionais e estrangeiros junto de serviços públicos do Estado guineense.
Uma das instituições atingidas com maior incidência com a paralisação da UNTG-Central Sindical é o Ministério da Justiça, particularmente os serviços de notariado e identificação civil.
Sobre o assunto, uma equipa de repórteres do semanário O Democrata, visitou algumas instituições públicas e constatou a paralisação dos serviços de algumas instituições públicas, com exceção do Hospital Nacional Simão Mendes, que decidiu prestar serviço mínimo, em todos os serviços do maior centro hospitalar do país. Uma equipa de repórteres passou pelos serviços de autenticação e reconhecimento de assinaturas de documentos no Ministério da Justiça e Serviços de identificação civil, Alfândegas e do Palácio do Governo.
No que diz respeito ao serviço de autenticação, reconhecimento de assinaturas e identificação civil, as portas dessas instituições estavam totalmente fechadas, sem nenhum serviço mínimo prestado aos citadinos.
Em observância aos dispositivos legais plasmados na lei da greve, os servidores das Alfândegas decidiram, também, prestar os serviços mínimos. Contudo, quem funcionou em pleno foram as instituições afetos ao edifício do Palácio do governo em Bissau.
Em entrevista ao jornal O Democrata, o enfermeiro chefe do Hospital Nacional Simão Mendes, Cesar Sá Correia, esclareceu que qualquer greve decretada requer a observância dos serviços mínimos para cuidar dos pacientes que estão internados e os que procuram os serviços do hospital, por isso a sua instituição aceitou prestar os serviços em todo estabelecimento hospitalar.
Para o Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Estevão Gomes Có, a greve geral iniciada terça-feira, com a duração de três dias tem adesão massiva dos funcionários públicos. Contudo, lamentou o fato de alguns presidentes dos sindicatos de base não terem feito chegar a tempo as informações aos seus associados, fato que diz ter levado alguns serviços públicos a funcionarem em plena greve.
“Tudo o que se assiste hoje, no país, é da responsabilidade do governo, por não ter cumprido o memorando de entendimento rubricado no passado dia 14 de Dezembro de 2016. Como se não bastasse, o Governo não se dignou sentar-se a mesma mesa com o sindicato para explicar os motivos por que não cumpriu o acordo, portanto tudo que pode acontecer durante os três dias de greve é da responsabilidade do governo”, conclui Estevão Gomes Có”.
Recorde-se que a União Nacional de Trabalhadores da Guiné, exige do governo a justiça salarial, ou seja, o reajuste salarial.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
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