lunes, 21 de agosto de 2017

RENATO MOURA REELEITO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE ATLETISMO CONTRA VONTADE DO GOVERNO

Renato Moura foi reeleito no passado sábado, 19 de Agosto 2017, presidente da Federação de Atletismo da Guiné-Bissau, para o um terceiro mandato consecutivo, apesar de governo ter comunicado um dia antes, que não reconheceria nenhuma direção que saísse da Assembleia-geral daquela instituição federativa.
O governo através da Direção-Geral do Desporto emitiu um comunicado em que pedia o adiamento da reunião, até que encontrasse uma solução que colocasse ponto final na crise instalada na Federação do Atletismo Nacional, caso contrário não reconheceria o ato e as soluções saídas da assembleia.
Tudo começou quando Renato Moura anunciou a sua intenção de recandidatar-se a um terceiro mandato consecutivo. Uma situação fortemente contestada por alguns membros e dirigentes da instituição, que entendiam que os estatutos da organização lhe vedam a possibilidade de fazer um terceiro mandato consecutivo.
A direção de Renato Moura defendeu, na altura, que os atuais estatutos revistos não proíbem o seu terceiro mandato, mas a outra corrente entende que a reunião da revisão dos estatutos foi mal convocada e as eleições foram marcadas ilegalmente e realizadas na ausência do presidente da mesa de Assembleia-geral.
A Assembleia-geral do passado sábado foi realizada fora das instalações do estádio nacional 24 de Setembro, onde inicialmente tinha sido indicado para a sua realização, devido ao impedimento por parte da direção geral de desportos. Por isso, a comissão eleitoral tomou a iniciativa de realizar o conclave num dos restaurantes da capital Bissau, que se encontra nos arredores do Estádio Nacional 24 de Setembro.
Antes da contagem dos votos o grupo foi expulso do restaurante, porque a proprietária foi informada que o ato fora negado pelo governo. A comissão acabou por realizar a contagem de votos ao ar livre e debaixo da chuva, declarando assim a reeleição de Renato Moura, presidente da Federação de Atletismo da Guiné-Bissau, com nove votos dos doze delegados presentes. Enquanto os outros concorrentes, Paulo Fonseca obteve dois votos e Djone Fernando Có conseguiu apenas um (01) voto.
Em reação a sua vitória, como novo presidente da Federação do Atletismo da Guiné-Bissau, Renato Moura disse estar feliz com a sua reeleição e desvalorizou a decisão do governo que tinha anunciado que não reconheceria a sua direção. Acrescentou neste particular que a direção geral dos desportos teve conhecimento do problema da federação há oito meses, mas não fez nada a respeito.
“Se não formos reconhecidos pelo governo, paciência, continuaremos a fazer o nosso trabalho como sempre fizemos”, refere, contudo, mostrando-se esperançado que o governo acabará por reconsiderar a sua posição e reconhecer a sua direção.
Em relação aos eixos prioritários para o próximo mandato, Renato Moura elencou formação dos dirigentes desportivos, atletas, treinadores e juízes, bem como a criação de subsídios anual como incentivo aos dirigentes de associações regionais e melhoria de condições de trabalho.
Sobre as contestações por parte de alguns sócios da federação, presidente da Comissão Eleitoral, Jorge Veríssimo Baldé Júnior acusou algumas associações contestatárias de não serem legais uma vez que não realizaram as suas assembleias para legitimar os seus órgãos sociais, isso numa clara alusão à associação dos treinadores. Acrescentou ainda, sem grandes pormenores, que a associação dos veteranos não tem direito a voto.


Por: Alcene Sidibé

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