martes, 8 de agosto de 2017

«TELECOMUNICAÇÕES» FUNCIONÁRIOS DA GUINÉTEL E GUINÉ-TELECOM REALIZAM MARCHA RECLAMANDO O DIREITO DE SEREM GESTORES DE CABO SUB-MARINO

 Cerca de 100 funcionários das empresas estatais de telecomunicações, Guinétel e Guiné-Telecom realizaram hoje uma marcha da sua sede ao Ministério dos Transportes e Comunicações e que terminou no das Finanças exigindo que a empresa seja gestora do futuro cabo submarino a instalar.
“As operadoras MTN e Orange irão em conjunto beneficiar de 51 por cento das acções na gestão do referido cabo. Desconhecemos o destino das restantes 49 por cento. O que ouvimos, embora não seja de forma oficial, é que as mesmas pertencerão à uma empresa do governo chamada Bissau Cabo”, disse o Presidente do Sindicato de Base dos trabalhadores das duas empresas nacionais de telecomunicações, David Mingo.
Na opinião do sindicalista, não havia necessidade de criação da referida empresa uma vez que o governo já possui a Guinetel e Guine-Telecom. 
“deveria ser o executivo a criar melhores condições para que as referidas empresas voltem a funcionar de forma normal”, sustenta justificando que as propriedades do estado devem merecer sempre mais atenção.
Os marchantes não foram recebidos pelos titulares dos dois ministérios, por isso, David Mingo advertiu que vão continuar a luta em defesa do que diz lhes pertencer, por direito.
Por outro lado, o presidente do sindicato disse que muitos funcionários morreram sem se quer qualquer assistência por parte do governo e que actualmente estão a viver numa situação de morte lenta.
“Já estamos no quarto ano sem receber o nosso salário, isso é bastante grave porque somos pessoas com necessidades acima de tudo com família para sustentar”, lastimou.
Sublinhou que nos outros países, como por exemplo, Angola, Senegal, Cabo-verde, entre outras, as empresas nacionais de Telecomunicações são sempre as mais privilegiadas.
O presidente do sindicato disse que a parceria pública/privada não significa entregar gestão de cabo submarino às operadoras Orange e MTN.
O referido cabo submarino foi adquirida através da parceria com o Banco Mundial.
Estavam vestidas de camisolas com escritas “Finanças na mata Guiné-Telecom ku contrato de consórcio” e repetiam em corro: “nó ca misti murri bó danu nó diritu”, que quer dizer”não queremos morrer , dêm nos o nosso direito”

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