Os Estudantes do Centro de Formação Técnico-Profissional de
Culinária “Opidjê” reclamam do Estado guineense a inclusão dos centros
técnico-profissionais de culinária na política de emprego jovem na
Guiné- Bissau. As exigências foram tornadas pública no passado ontem, 09
de setembro de 2017, pela representante de terceiro grupo de finalistas
deste Centro, na cerimônia de tomada de diplomas.
Samira São João dos Reis sugere que se crie uma política de emprego
através de parcerias. Na observação da recém-formada em culinária, a
iniciativa não só servirá de incentivo como também pode ajudar o Estado a
definir as estratégias sobre o emprego jovem no país.“Não podemos limitar as ações numa só área ou setor, ou seja, a dar emprego apenas aos formados pelas universidades, por isso temos que apostar na área técnico-profissional. Portanto, essa política que reclamamos pode ser uma mais-valia e fator do incentivo aos jovens que não têm condições de prosseguirem seus estudos universitários”, conclui.
Samira São João dos Reis aposta que só desta forma que se pode evitar que todo o mundo vá às universidades e estabelecer equilíbrio entre universidades e centros de formação técnico-profissionais.
Sublinha, no entanto, que falta uma certa “responsabilidade” ao guineense quando se trata da dieta alimentar. “O que o guineense faz é apenas comer para encher a barriga, mas não seleciona produtos adequados a sua saúde”.
Em relação à gastronomia guineense, disse que se os produtos nacionais forem traduzidos na confeção de pratos típicos do país – “moda a terra”, o prato guineense terá uma relevância interna e externamente, pelo fato de os produtos da Guiné-Bissau não conterem elementos químicos e são comidos frescos, o que minimizar os riscos de doenças nocivos à saúde pública.
Neste sentido, Samira garante que o seu grupo em parceria com a escola ‘Opidjê’ trabalharão arduamente para fazer com que o prato guineense, derivado dos produtos da terra, ganhe espaço na culinária e tenha um lugar de destaque no plano internacional.
Por sua vez, a diretora de Centro de Formação Técnico Profissional de Culinária ‘Opidje’, Delbora Marina José da Costa quer que algumas unidades hoteleiras e restaurantes de Bissau deem oportunidades aos alunos formados na sua escola.
Entretanto, entre os cerca de duzentos formados divididos em três níveis destacam-se apenas seis homens, ambos do segundo nível.
O Centro foi criado em abril de 2016, com o objetivo de formar jovens em diferentes domínios e áreas do saber fazer, sobretudo na vertente técnica e profissional. Atualmente oferece curso de culinária geral e serviço mínimo de hotelaria.
Por: Filomeno Sambú
Foto: Marcelo Na Ritche
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