O Conselho de Segurança
ONU se reúne nesta segunda-feira (11) para discutir uma resolução apresentada
pelos Estados Unidos que impõe ao regime norte-coreano novas sanções, depois
dos sucessivos testes de mísseis balísticos e nuclear realizado pelo regime de
Kim Jong Un.
Várias versões do texto circularam no final de
semana, visando obter o apoio da Rússia e China, membros permanentes do
Conselho que podem bloquear a iniciativa americana. A posição dos dois países
ainda é incerta.
A resolução que deve ser apresentada hoje exclui um
embargo sobre o petróleo, proposto por Washington no início, mas as importações
norte-coreanas seriam restritas a 2 milhões de barris por ano. A China fornece
a maior parte do petróleo utilizado na Coreia do Norte, o que corresponde a
cerca de 500 mil toneladas anuais. A Rússia vende cerca de 40 mil toneladas por
ano.
O texto também restringe as exportações para a
Coreia do Norte de condensados de gás e de gás natural e proíbe as exportações
norte-coreanas de produtos têxteis, segundo setor mais importante da economia
do país. O bloqueio das contas no exterior do líder Kim Jong Un, previsto na
primeira versão, também foi retirado, assim como a inspeção de navios
norte-coreanos em alto mar.
Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores
sinalizou que existe a possibilidade de um acordo. Apesar das trocas comerciais
importantes que unem os dois países, para o governo chinês, a Coreia do Norte
passou dos limites ao realizar o teste nuclear de 3 de setembro, e há
necessidade de uma reação conjunta internacional.
O governo norte-coreano declarou nesta
segunda-feira que os Estados Unidos “pagariam o preço de uma iniciativa na ONU
pedindo sanções suplementares." Pyongyang acusa os Estados Unidos “manipular” o Conselho de Segurança.
Desde 2006, o Conselho adotou oito rodadas de
sanções contra o país com o objetivo de convencer a Coreia do Norte a abandonar
seu programa armamentista.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres,
declarou no domingo em entrevista à publicação francesa “Jornal do Domingo”
estar “muito preocupado” com os acontecimentos. O ex-primeiro-ministro
português não esconde o temor de um conflito e alertou para “ a gravidade da
ameaça”.
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