O presidente da
Federação de futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manuel Lopes, afirmou hoje
que se for preciso fará "um pacto com o diabo" para que as seleções do
país participem nas competições internacionais.
Em declarações à
agência Lusa, à margem de um encontro de reflexão sobre o estado do
futebol guineense, Manuel Lopes disse que "há muito" que a federação
deixou de contar com os apoios financeiros do governo, mas, mesmo assim,
disse que as seleções de diferentes escalões têm estado a competir.
Manuel Lopes
deu como exemplo a deslocação, hoje, da seleção dos sub-20 para o Gana,
onde vai participar num torneio que junta 16 países da África Ocidental.
O presidente da
federação afirmou que "certos políticos querem politizar" a instituição
que dirige e por rejeitar aquela pretensão, em represália, passaram a
"obstaculizar os trabalhos da Federação".
"Como tenho
dito, se for necessário, farei pacto com o diabo para continuarmos a
executar as nossas ações", defendeu Manuel Lopes, explicando que há
situações em que os pedidos de apoios dirigidos ao governo desaparecem
dos gabinetes dos ministérios.
Quando à
posição do ministério do Desporto, que avisou que não irá permitir a
participação de nenhuma federação desportiva do país nas competições
internacionais sem o aval prévio, o presidente da FFGB disse que essa
posição não vincula a instituição que dirige.
"Posso garantir
que ninguém vai parar as atividades das seleções nacionais em todas as
categorias, com ou sem o apoio do governo", sublinhou Manuel Lopes, que
prometeu sempre informar o executivo das competições em que a
Guiné-Bissau estará presente.
O responsável
observou que a federação já tem vários parceiros e confirmou que a
seleção principal irá jogar, brevemente, contra o Irão e o Iraque, e que
no futuro próximo jogadores guineenses passarão a ser transferidos para
o Dubai e Emirados Árabes Unidos.
Sobre o facto
de alguns clubes contestarem a sua liderança, ao ponto de pedirem que se
demita do cargo, o presidente da FFGB considerou tratar-se de "política
e o facto de certos dirigentes" colocarem os interesses pessoais diante
dos interesses do país, disse.
Fonte: Lusa, in http://www.ojogo.pt
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