Luís Oliveira Sanca, actual coordenador nacional adjunto do Grupo dos
15, está a ser investigado pelo Ministério Público guineense como
possível mandante do assalto de 18 de outubro à sede do PAIGC,
confirmaram fontes judiciais.
O assalto à sede do PAIGC foi
efectuado ontem por cerca de 200 indivíduos, provenientes de várias
zonas do país, com especial incidência em Oio e Mansabá. Ao fim de duas
horas de ocupação, os indivíduos foram expulsos da sede do partido por
outros militantes afectos à direcção do PAIGC, liderado por Domingos
Simões Pereira, perante críticas de passividade das forças policiais.
A
investigação a Luís Oliveira Sanca iniciou-se depois do Ministério
Público ter recebido denúncias de que os líderes dos 200 indivíduos, à
sua chegada a Bissau no dia anterior ao assalto, se tinham reunido na
residência do coordenador adjunto do Grupo dos 15. O assalto à sede do
PAIGC aconteceu logo de seguida, ainda durante a madrugada.
De
acordo com fontes do Ministério Público guineense, a pressão colocada
pelo Presidente da República, José Mário Vaz, para responsabilizar os
autores do assalto à sede do PAIGC, descrita em comunicado da
Presidência publicado ontem, poderá obrigar à apresentação de resultados
concretos e conduzir a detenções a muito breve prazo.
A
confirmar-se o envolvimento de Luís Oliveira Sanca no assalto à sede do
PAIGC, estará em causa também a união no interior do Grupo dos 15, já
que Braima Camará, coordenador nacional do Grupo dos 15, e o próprio
José Mário Vaz vêm apelando à resolução da crise política na
Guiné-Bissau pela via negocial.
Já ontem, a Polícia Judiciária da
Guiné-Bissau deteve o jornalista e blogger António Aly Silva, o qual
deverá ser apresentado a juiz ainda durante o dia de hoje.
Rodrigo Nunes
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