Segundo soube o Negócios, a instituição em causa tem sede em Aveiro, e na sua página Facebook divulga várias acções de solidariedade na Guiné-Bissau, desde a sua fundação, em 2009.
De acordo com um comunicado da GNR, foram apreendidos a 4 de Setembro, em Mafra e Torres Vedras, mais de 200 mil euros em vestuário de marca, junto de uma outra associação local de solidariedade. Depois, a investigação procurou apurar a origem das roupas, e "foram desenvolvidas novas diligências de investigação, tendo resultado na apreensão de 4,25 milhões de euros em artigos de vestuário", num armazém em Santa Maria da Feira, da associação agora indiciada.
"A operação consistiu numa busca realizada aos armazéns pertencentes a uma instituição particular de solidariedade Social, à qual havia sido doado, por diversas marcas, vestuário que se destinava a ser enviado para um país da África Ocidental. A instituição procedeu à venda dos artigos em feiras, estando por isso indiciada na prática dos crimes de burla qualificada e fraude fiscal", prossegue o comunicado da GNR.
As empresas portuguesas de vestuário Salsa e Tiffosi terão sido contactadas directamente pela associação, com pedidos de donativos, a que acederam.
Nenhum responsável da associação foi detido ou indiciado, para já, porque ninguém se encontrava nas ditas instalações. O Negócios tentou contactar a presidente da associação de solidariedade, mas não obteve resposta até ao momento.
A primeira apreeensão que deu origem a esta posterior investigação já havia sido noticiada. Com um factor curioso, é que foi a própria Salsa a alertar as autoridades, devido à quebra abrupta das suas vendas nas lojas de algumas regiões.
Perante a descida sem motivo aparente das vendas na região de Mafra, a Salsa pediu ajuda às autoridades, e estas acabaram por descobrir uma loja informal, funcionando junto de uma associação de solidariedade local, que vendia roupa nova da Salsa a grande desconto. Pelo passa-palavra, muitos clientes começaram a ir a essa "loja social", levando a uma repercussão negativa nas vendas locais da Salsa.
A instituição visada aquando dessa apreensão de roupa no valor de 200 mil euros não era a mesma agora identificada pela GNR. Aparentemente, esta última terá estado na origem da roupa que acabou por ser detectada em Mafra. Negócios
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